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Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação]

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potter - Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação] Empty Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação]

Mensagem por Lord Voldemort Qui Ago 11, 2011 3:06 pm

Olá pessoal, apresento a vocês minha primeira fic sobre a série. Na verdade, será diferente do original. E nem deveria ter "Harry Potter" no título, mas achei melhor colocar assim e esse logo do harry potter é muito chic. Ah, algumas pessoas do fórum irão aparecer. E achei melhor não colocar em spoiler, para favorecer a leitura.

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Capítulo um

A Lenda de Oddesh


ERA UMA MANHÃ TIPICAMENTE AGOSTINA. O calor insuportável misturava-se de vez em quando com uma brisa quente e abafada. Na suma, era um dia com o qual ninguém se imaginava dentro de casa, mas à procura de alguma sombra ou porção d'água para se refrescar. Mas havia uma pessoa que teimava em não sair de casa.
O número dez da rua Marshall estava sempre fechado e sem vida. A trepadeira do jardim tomara conta de praticamente toda a fachada, invadindo um buraco onde ficava a janela do segundo andar com um dos ramos. A grama atingira a altura de um homem mediano e os resquícios das flores de outrora eram agora fragmentos secos e quebradiços. O interior da casa estava em desordem, com camadas densas de poeira nos poucos móveis revirados no chão, muitas folhas espalhadas pelo assoalho e vidros quebrados em alguns pontos. E nessa atmosfera caótica, um estrondo irrompeu no ar, no mesmo tempo em que uma figura encapuzada surgia no meio da sala.
O visitante andou pelo cômodo, deixando um rastro por cima da poeira e limo do chão, até uma parede próxima, onde havia um quadro. Suas mãos incrivelmente brancas deslizaram pela moldura, removendo o pó. Na imagem, um homem segurava as mãos de uma mulher loura e de aparência jovial. E abaixo deles, um garotinho de olhos cerrados e fundos que observava o chão sem se importar com o retrato.
-Já fazem dez anos... e não há um dia que eu não me recorde daquela noite.

John Oddesh era um homem misterioso. Desde que ele e a esposa mudaram-se para o condado de Chery Bown, as poucas vezes que era visto não eram suficientes para que se tivesse qualquer idéia sobre sua personalidade. A única pessoa que era sempre vista era Mary Oddesh, a esposa, que toda manhã estava fielmente no jardim, cuidando das roseiras, algo que ela fazia questão de fazer.
A rotina de Mary era a mesma de uma dona de casa dedicada. Pela manhã, preparava uma mesa farta de desjejum e logo depois começava com as tarefas domésticas. Muitas vezes podia-se vê-la trocando receitas com a vizinha, a Sra. Horchwood, uma mulher extremamente bondosa e que muitas vezes cedia parte do varal para Mary estender as roupas (Céus, como eles sujam roupas! - pensava consigo mesma). E assim a vida do casal era pacata e misteriosa. Mas tudo mudou quando Adrian nasceu.
A gravidez de Mary Oddesh foi notícia pelo bairro por um tempo. A rua Marshall nunca estivera tão movimentada quanto naqueles meses. Até John se deixou levar pelo espírito maternal e começou a se relacionar mais com os vizinhos. Uma certa tarde, enquanto ele limpava “10” que identificava o número da casa, algo estranho aconteceu. Uma coruja branca entrou voando pela janela aberta do segundo andar e não saiu dali enquanto um John apreensivo não subiu para olhar. Logo depois, a mesma voou janela afora, com um envelope preso ao bico.
Meses se passaram desde o início da gestação e logo Mary não se aguentava em pé, pelo peso da barriga e pelo cansaço.
-Esse bebê vai ser esportista. - disse ela naquela manhã de domingo. -Quase não agüento os chutes.
John olhava pela janela, como se esperasse por alguma coisa.
-John? Querido?! - indagou ela.
-Ah? - respondeu ele sem prestar atenção. -Me desculpe, querida. Hermes ainda não voltou, estou preocupado.
-Corujas as vezes demoram. - respondeu ela na tentativa de tranquilizá-lo. -Não se preocupe.
-Eu sei, só... queria ter certeza de que... ah, deixa pra lá, você está certa. - disse ele se levantando e beijando a esposa.
-A Sra. Horchwood me ensinou hoje a fazer uma papinha com aveia e mel para quando o nosso bebê nascer. - disse ela alisando a barriga.
-Se depender dela, não teremos muito tempo com ele, parece até que ela está mais ansiosa do que nós. - disse John rindo. E pôs-se a observar novamente o horizonte através da janela.

Do dia em que Adrian Oddesh nasceu até aquela noite, Mary mudara radicalmente sua rotina. Já não era mais vista nos jardins, que ficaram desleixados e cresciam invasivamente em direção à casa. Numa manhã, ela saiu até a frente, para pegar a correspondência. Seus cabelos louros estavam esvoaçados e sem vida. A pele perdera o viço e sua face exibia uma feição doente e deprimente.
O décimo aniversário de Adrian se aproximava, e, numa tentativa desesperada, Mary iniciou aquela discussão.
-Não aguento mais isso, John! Eu quero minha vida de volta!
-Essa é a nossa vida agora, escolhemos isso. - disse ele num tom seco.
-John, eu estou morrendo todos os dias por não poder sair de casa, de respirar o ar do lado de fora! Eu quero ser livre!
-Falando assim, até parece que sou eu quem lhe está privando. - rebateu ele.
-Eu sei que não é culpa sua, querido. Mas eu quero ser feliz, nós temos esse direito!
John jogou-se no sofá, observando o chão. A situação realmente estava desgostosa.
-Você tem razão. Já faz muito tempo desde que cortamos relações com nossa...
-Não ouse falar nisso! - interrompeu ela.
-Perdão!
Durante alguns minutos, o silêncio seguiu-se ininterrupto. Até que John tomou a iniciativa.
-Uma festa.
-O que? - indagou a esposa confusa.
-Para voltarmos a nos relacionar com as pessoas. - respondeu ele. -Uma festa de aniversário para o Adrian.
-Mas eu não consigo organizar uma festa sozinha.
-Diga isso à Sra. Horchwood, tenho certeza que ela arrumará ajuda suficiente.
E assim foi. Na tarde programada, o quintal agora organizado e revivido acomodava mesinhas brancas com decorações de festa. No fundo, uma mesa fora posta logo a frente de um arco de balões coloridos. Um bolo lindamente decorado tomava a atenção da mesa e ao centro, uma espécie de picadeiro fora colocado. Tudo estava perfeito.
Mary tentava em vão ajeitar os cabelos louros de Adrian, que não esboçava um sorriso se quer pela festa. Seus olhos cinzentos e fundos mas pareciam os de uma criança doente. “Ele herdou os olhos do avô”. Quando a última tentativa de acertar o penteado falhou, ela o largou, recomendando que ele ficasse à porta para recepcionar os convidados.
-Tenho mesmo que fazer isso?! - insistiu o garoto pela quarta vez.
-Adrian, você precisa fazer amigos, já passou da hora. - respondeu a mãe.
-Mas eu fiquei bem todos esses anos sozinho. Por que agora tenho que encontrar outras pessoas?
-Porque isso é importante, querido! - finalizou ela com um beijo na testa. -Agora vá, eles já devem estar chegando.

Adrian sorria. Era algo raro, ainda mais dada pela situação. Nem mesmo os palhaços e os mágicos o fizeram rir. Ele apenas sorriu ao ver um garotinho se entalar com salgadinhos e começar a vomitar. A cena era nojenta e calamitosa, mas Adrian achava graça. Mary o observava de longe, tentando descobrir o que era tão engraçado. Mas no fim, quando o garoto se recuperou, o sorriso desapareceu e tudo voltou ao normal.
Quando o relógio marcou seis da tarde, a última criança deixou a casa dos Oddesh. O que foi uma sorte, dados os acontecimentos que ocorreriam a seguir. John recolhia alguns pratos da mesa do bolo quando um barulho de um estalido quebrou o silêncio. ¹ Ele ergueu a cabeça, sentindo o vento deslizar pela sua face.
-Pra dentro. JÁ!
John Oddesh passou pela porta mas não a trancou com a chave. Ao invés disso, abriu o paletó e tirou um pedaço de madeira fino e comprido do bolso interno. Depois começou a murmurar palavras estranhas e numa sequência ritmada. Quando a última palavra fora dita, uma explosão e barulho de vidro se partindo veio do segundo andar.
-JOHN!
Dentro do quarto, um homem usando uma longa capa preta estava perto da janela recém explodida. Sua pele era pálida e seus olhos cinzentos e frios lembravam muito os de Adrian. Ele também segurava um item de madeira, como o de John.
-Mas que vergonha! - disse ele com a voz rouca. -Estão idênticos a trouxas.
Adrian ouviu o homem dizer “trouxas”. Ele estava ofendendo seus pais?
-O que faz aqui, Locker? - interrompeu John ao entrar no quarto.
-Ora, ora, ora, se não é meu irmãozinho bastardo! - retrucou Locker com deboche. -Pelo visto a vida trouxa é mais agradável. Estão até se confraternizando com eles. - continuou fazendo um gesto de asco.
-O que você faz aqui? - repetiu John.
-Vim desejar um feliz aniversário ao meu sobrinho, o que mais faria nessa pocilga?
-Mãe, quem é esse homem? - perguntou Adrian num tom quase inaudível.
-O que?! Nunca disseram a ele sobre mim? - disse Locker indignado.
-Você não faz parte desta família! Vá embora! - retrucou John, apontando a varinha para o irmão.
-Ainda sabe usar sua varinha, John? - indagou ele indo do irmão para o sobrinho. -Eu sou seu tio e irmão do seu pai.
-CALE A BOCA! - vociferou John. Adrian nunca o vira tão furioso.
-Eu possuo um dom mágico muito raro e poderoso, e aparentemente, você também. - continuou Locker.
-JÁ DISSE PRA CALAR A BOCA!
-Teremos muito o que conversar, quando seu treinamento começar...
Ele não teve tempo para continuar a frase, porque em segundos, John agitou a varinha, gritando uma palavra estranha.
-ESTUPEFAÇA!
Um feixe de luz vermelha irrompeu da varinha que ele segurava em direção à Locker. Ele também agitou a varinha e com isso o feixe de luz desviou e atingiu uma parede próxima.
-Mãe o que está acontecendo? - perguntou Adrian se agarrando ao corpo da mãe.
-Nada querido, já vai acabar. - tentou contornar a situação.
Os dois irmãos se encaravam, com as varinhas em punho, sem desviar o olhar.
-Conte a ele que somos bruxos! Conte que somos de uma linhagem famosa e poderosa. - disse Locker.
-Não somos nada disso! Somos pessoas comuns, não somos de linhagem nenhuma! - retrucou John.
-É, tem razão, você é um fracassado que nasceu sem nosso dom precioso. - desdenhou ele. -Mas você, Adrian, tem um grande futuro pela frente.
-PARE DE DIZER BESTEIRAS AO MEU FILHO, SEU IDIOTA! - bradou John.
-Está irritadinho, irmão. Tente se acalmar.
-Mary, leve Adrian daqui. - disse John dirigindo-se à frente deles. -Se for preciso, use aquilo.
-Mas... - tentou ela.
-VÁ!
Ela e o garoto começaram a se mover, mas Locker foi mais rápido e com um giro da varinha, a porta se fechou sozinha.
-Ninguém vai sair deste quarto, a não ser o garoto e eu.
-Expelliarmus! - gritou John. Mas o feitiço foi novamente desviado.
-Passar anos sem praticar deixou você lento e burro. - debochou Locker. -Vai continuar só com os feitiços básicos, Douddy?
A última palavra soou como um alarme na mente de John. Seus olhos se encheram de fúria e a raiva fluiu, como uma tromba d'água. Com isso, ambos dispararam feitiços ao mesmo tempo, colorindo o quarto com feixes e explosões coloridas. Quando John se abaixou para desviar de um raio cinza que ricocheteara no espelho, Locker aproveitou a situação.
-Avada Kedavra!
Um feixe de luz verde irrompeu da varinha de Locker, atingindo John no peito. Seu corpo sem vida caiu, com os olhos arregalados. Locker caminhou até Mary e o garoto, passando por cima do irmão sem nenhum sentimento. Mary o encarou, enquanto tirava a varinha das vestes. Mas Locker foi mais rápido e a mesma luz verde a fez rodopiar e cair de costas no chão.
-Estamos livres agora, Adrian. - disse ele estendendo a mão para o menino. -Nada vai ficar no seu caminho.
Ele segurou na mão do tio, passando por cima do corpo da mãe. E sem dizer nenhuma palavra, desapareceu nas sombras, deixando seu presente para trás, em busca de um novo futuro.

As mãos brancas deslizaram pelo retrato até o rosto do menino. O dedo indicador ossudo o tocou, fazendo uma lágrima cair.
-Este é o meu momento. Está na hora do mundo conhecer o verdadeiro poder da magia.


Última edição por Lord Voldemort em Qui Set 08, 2011 9:05 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Lord Voldemort Qua Ago 17, 2011 10:01 am

Capítulo dois
A serpente caída


O DIA AMANHECEU MAIS FRESCO NAQUELA QUARTA FEIRA. Mas os cidadãos londrinos não se importavam com isso. Estavam demasiado ocupados com seus problemas, afazeres, trabalhos e corre-corres de um dia comum. Mas, apesar dessa atmosfera caótica, algumas pessoas andavam despreocupadas, sem se importar com o ritmo desenfreado da vida trouxa. No subúrbio londrino, um bar velho e mal visto pela sociedade já estava aberto.
O Caldeirão Furado ainda estava de pé, apesar das inúmeras crises que sofrera. Tom, o antigo dono do bar conseguira passar a tradição de nunca fechar para o filho, Benton. E podia-se ver que a transição de donos tivera saldos positivos. O Caldeirão Furado nunca fora tão limpo.
Naquela manhã, o bar estava um tanto vazio. Das mesas pequeninas de madeira escura, apenas duas estavam ocupadas. Um dos homens que ocupava a primeira parecia estar chorando, e alternava as goladas do caneco com alguns soluços. Um outro homem ao seu lado tentava consolá-lo. Na outra mesa, uma mulher com cabelos desgrenhados bebia sozinha, olhando para um exemplar do Profeta Diário. Na manchete principal, o rosto magro e macilento de um homem de nariz torto precidia a mensagem “Modorus Alffteng é o candidato favorito ao cargo de novo ministro da magia”. E no balção, um homem de aparência jovem e olhar certeiro, observava sua taça de hidromel.
A porta do bar se abriu, fazendo um lastro de vento entrar. O visitante caminhou lentamente até o balcão, sentando-se ao lado do homem que bebia hidromel. Sua aparência era estranha e nada animadora. Os olhos verdes porém frios como os de uma cobra. A pele pálida quase cinzenta. E não havia nenhum fio de cabelo.
-Uma garrafa de cerveja amanteigada, por favor. - disse ele com a voz ligeiramente rouca.
O homem ao lado ergueu a cabeça após ouvir aquela voz. Então virou-se, para encará-lo.
-Não acredito! - disse ele com a voz animada. -Voldemort?!
O homem estranho, chamado de Voldemort se virou e abriu um sorriso ao ver o outro homem ².
-Harry Potter? Pelas barbas de Merlin! - disse ele se levantando e cumprimentando Harry. -A quanto tempo, velho amigo!
-Parece coisa do destino, quem diria que eu o encontraria hoje? - respondeu Harry.
-Pois é, eu nunca soube muito bem como esse lado funciona, mas pelo visto é bem real. - disse Voldemort rindo.
-Quando você voltou do St. Mungus? - perguntou Harry se sentando novamente.
-Semana passada. Mas ainda falta uma boa parte do tratamento. - respondeu ele se sentando também. -Mas pelo menos está funcionando. Veja! - disse ele indicando para o próprio rosto. -Eu já tenho um nariz!
-Isso é incrível! - completou Harry. -As vezes me espanto com a velocidade que a magia cresce.
-Verdade. Mas me diga uma coisa, como anda Hogwarts?
-Bem, estamos numa fase muito promissora, os alunos são muito esforçados e não temos problemas a muito tempo. - respondeu Harry entre goles.
-Isso é maravilhoso. É bom saber que o futuro da magia estará em boas mãos.
-Sim. Mas estou com uma situação desgastante. - disse ele finalizando o conteúdo da taça. -Nosso último professor de Defesa Contra as Artes das Trevas nos deixou.
-Não acredito! O Richard vai abandonar Hogwarts? - indagou Voldemort incrédulo.
-Sim. Ele não se sente mais a vontade dando aulas. - respondeu ele servindo-se de cerveja amanteigada, oferecida por Voldemort. -Desde então estou a procura de alguém para o cargo. Mas nenhum bruxo tem as qualificações necessárias.
-Isso é muito perturbador. Hogwarts não pode ficar sem um professor pra essa matéria. - disse Voldemort. -Queria muito poder ajudar, mas estou de mãos atadas.
Harry ouviu as últimas palavras, que resultaram num zunido dentro de sua cabeça. Milhões de pensamentos começaram a brotar e, de um segundo para o outro, a solução para o problema surgiu.
-Talvez você possa. - começou Harry. -Venha para Hogwarts.
-Ficou maluco?! - respondeu Voldemort em choque. -Sabe o que a minha presença lá iria causar?
-Voldemort, você e Dumbledore são os bruxos mais formidáveis que eu conheço. Não vejo ninguém mais qualificado para este cargo. - respondeu Harry com entusiasmo.
-Nem pensar! - rebateu Voldemort. -As pessoas não esqueceram o meu passado, Harry.
-As pessoas precisam aprender a perdoar, como eu aprendi.
-As coisas não são assim tão fáceis, Harry! Você como diretor deveria saber!
-Eu sei bem o que isso implica, Voldemort. Mas qual a melhor oportunidade de mudança, do que oferecer à alguém uma nova chance? Você não se lembra daquele dia?
A mente de Voldemort começou a fluir num ritmo acelerado e a transportá-lo cada vez mais distante daquele lugar.

³ Estava demasiado escuro naquele lugar. A densa floresta não deixava o luar prateado entrar, e a única fonte de luz vinha da ponta da varinha. Harry Potter corria por entre as árvores, perseguindo uma figura encapuzada metros à frente.
-Proteus! Volte e lute, seu covarde! - bradou agitando a varinha e disparando um jorro de luz prateada.
O vulto deu um salto e apontou a varinha para o chão, que instantaneamente explodiu, impossibilitando a passagem. Harry diminuiu o passo, esperando que a coluna de poeira formada diminuísse. Próximo de onde ele estava, um barulho agudo como um estampido cortou o silêncio, e das sombras, um homem de aparência apavorante foi surgindo. Seus olhos eram frios como os de uma cobra e sua pele cinza esverdeada. Harry encarou o homem incrédulo, sem conseguir fazer absolutamente nada.
-V-Voldemort?! - disse em meio à um tossido.
-Harry Potter! - respondeu Voldemort com a voz grave. -A quanto tempo não nos vemos?
-M-mas, você devia estar em Azkaban! Você escapou de lá!
-Sim, jovem Potter. Eu tinha uma coisa para fazer. - disse ele se aproximando. Harry instantaneamente apontou a varinha para ele.
-Você vai voltar para Azkaban, que é o seu lugar! - bradou Harry preparando-se para atacar.
-Calma Harry, eu não vim aqui para lhe fazer algum mal. - disse Voldemort recuando. -Pelo contrário, vim para ajudar.
-Pois eu dispenso a sua ajuda. - rebateu ele. -Você está preso em nome do Ministério da Magia!
-Eu sei, e voltarei para Azkaban quando tudo isso acabar. Mas preciso lhe avisar uma coisa.
Harry parou. Aquilo estava muito estranho. Mas se tratando de Voldemort, qualquer coisa poderia acontecer.
-E porque razão eu devo confiar em você? - disse Harry com um ar irônico. -Você não passa de um assassino!
-Eu sei bem quem eu sou, Harry Potter. - começou Voldemort num tom sério. -Eu passei todos esses anos em Azkaban, refletindo no meu passado. E percebi o quão idiota eu era, perdendo tempo com coisas fúteis.
-Mas agora já é tarde demais. Você é um prisioneiro condenado a prisão perpétua. E vai voltar pra lá agora mesmo! Expelliarmus!
Da varinha de Harry saiu um feixe de luz amarela que atingiu Voldemort no estômago, arremessando-o metros para trás. Ele permaneceu caído no chão sem se mexer. Harry se aproximou e apontou a varinha novamente para ele.
-Incarcerous!
Uma corda grossa se esticou da ponta da varinha, começando a se enrolar por todo o corpo de Voldemort. Em segundos ele estava imobilizado.
-Antes de partirmos, diga o que você queria dizer. - disse Harry levantando o corpo preso de Voldemort com a varinha e afrouxando a corda que tampava a boca para que ele pudesse falar.
-Proteus está atrás do Livro da Vida. - disse Voldemort com dificuldade.
Harry franziu a testa.
-O Livro Perdido de Amon Rá? - indagou ele incrédulo. -Isso é tão ridículo... não acredito que parei pra ouvir...
-Isso não é brincadeira! - insistiu Voldemort. -Eu estava numa cela próxima à dele, e soube de muitas coisas sobre ele. A propósito, foi ele quem me mostrou como escapar de lá.
-E com certeza você não pode dizer como fez...
-Na última cela da torre oeste, - interrompeu Voldemort – existem algumas lácrimas incrustadas nas paredes. A maioria estão quebradas, mas uma vez ou outra é possível encontrar alguma com poder mágico suficiente para ajudar na fuga.
-Nunca encontraram lácrimas em qualquer parte de Azkaban. - disse Harry. -Eu mesmo já participei de uma vistoria e não encontraram nada.
Ao final da última palavra, Voldemort riu.
-Potter, Potter, Potter... ainda lhe falta muito o que saber... a você e aos poderosos do ministério. Como você esperava encontrar poderes mágicos ocultos em Azkaban, quando toda manifestação mágica é suprimida pelo feitiço restritivo que existe na fortaleza?
Harry parou mais uma vez. Aquilo fazia sentido. Azkaban sempre esteve bloqueada contra qualquer poder mágico, vindo de dentro ou de fora. Qualquer tentativa de se localizar frações de magia ali era perda de tempo. Mas, ainda com uma certa desconfiança, ele manteve sua posição cética.
-Bem, faremos uma procura com meios não mágicos da próxima vez. - disse ele. -Agora vamos voltar para sua casa.
-Espere.
-O que foi agora? Mais uma história fantástica?
-Eu...
Voldemort ficou em silêncio por um tempo, contemplando o chão coberto de folhas. Harry apenas o encarava. Então ele criou forças para falar.
-Eu quero pedir... perdão.
O choque dessas palavras foram fundo. Harry começou a reviver tudo o que já sofrera na vida, nas mãos daquele homem que agora pedia perdão em sua frente. Uma onda de furor começou a crescer dentro de seu corpo.
-Durante todo esse tempo que estive preso, eu não tinha motivos para continuar vivendo. Eu até preferia a morte. - continuou Voldemort. -Mas comecei a pensar que eu devia reparar meus erros, e mudar. E isso se tornou o meu motivo para viver. É por isso que eu peço seu perdão, Harry Potter...
-MEU PERDÃO? - berrou Harry. -VOCÊ PENSOU EM PERDÃO QUANDO MATOU MEUS PAIS?! VOCÊ PENSOU EM PERDÃO QUANDO TENTOU ME DESTRIUIR E MATAR MEUS AMIGOS?
Voldemort não dizia nada, apenas ouvia. Todas aquelas palavras doíam, mas ele tinha que suportar. Ele merecia.
-A ÚNICA COISA QUE ME FARIA TE PERDOAR, SERIA SUA MORTE!
Voldemort encarou o rosto enfurecido de Harry. Sua têmpora pulsava e a pele estava muito vermelha. Seus olhos tinham um furor monstruoso. Mas ele manteve-se firme.
-Me mate!
Ele não precisou falar duas vezes. Um jorro de luz violeta o arremessou longe, fazendo-o colidir com uma árvore. Antes que ele pudesse chegar ao chão, o punho direito de Harry o acertou em cheio no rosto, dando início à uma seqüência violenta de golpes. Voldemort caiu no chão, imobilizado, recebendo socos e chutes seguidos, sem interrupção. Harry gritava, urrava, esbravejava, colocava todo o ódio preso naqueles anos em cada agressão. Quando as mãos já inchadas começaram a latejar, ele parou, recuperando o fôlego. Voldemort estava mais desfigurado que nunca. O rosto e o corpo todo coberto de sangue, inchado e arroxeado. Mas ainda estava vivo.
-Nem quando eu quero... eu consigo matar alguém. - disse Harry arfando.
-V-voc-cê n-não c-c-consegue... p-por que est-t-tá acima d-disso... - disse Voldemort com dificuldade. -É b-bom demais para se reb-baixar.
-Tem uma coisa que aprendi com esses anos, Tom. - começou Harry, largando-se no chão. -Os problemas que acontecem na vida servem para nos deixar mais fortes. Uma vez você me disse que alguns nascem fortes e outros tem a força imposta a eles. Eu digo que só os fracos e covardes nascem com a força, pois o verdadeiro poder é alcançado pela experiência.
Pela primeira vez, Harry viu uma lágrima escorrer pelo rosto sujo e ensanguentado de Voldemort. O que era aquilo tudo? Mais um truque do maior vilão de todos os tempos? Ou ele estava mesmo mudando?
-O que houve com você, Tom?
-Ainda não entendi. - respondeu ele.
-Isso não irá diminuir a raiva que sinto, nem apagar o seu passado, mas se quer tanto meu perdão, eu te perdôo.
Voldemort sentiu um arrepio. Ele conseguira o perdão da pessoa que mais lhe odiava. Era o primeiro passo para sua redenção.
-Obrigado... Harry...
E com essas palavras, a luz foi lhe deixando.

-Apanhei feio naquele dia. - disse Voldemort rindo.
-Essa não é a questão. - interrompeu Harry desconcertado. -Você tem provado que dar uma segunda chance é a melhor maneira de se ajudar alguém.
Voldemort parou um pouco, finalizando o resto da quarta garrafa de cerveja amanteigada que ele e Harry pediram. Aquela seria uma boa oportunidade de continuar sua jornada de reconciliação.
-Talvez você esteja certo. - disse Voldemort entregando dinheiro à Benton.
-Então posso arrumar um dormitório para você? - perguntou Harry novamente animado.
-Estarei em Hogwarts na semana que vem. - respondeu Voldemort sorrindo.


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potter - Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação] Empty Re: Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação]

Mensagem por Lord Voldemort Qui Ago 18, 2011 4:31 pm

Capítulo três
O professor de Poções

-Você só pode estar delirando, Harry Potter!
O homem que encarava Harry era um tanto estranho. Pequena estatura, olhar altivo, barriga saliente e poucos cabelos. Além do bigode comprido e curvo para cima, como duas setas simétricas. Constantemente, as pessoas viam Alifah Houdörn alisar os bigodes enquanto pensava ou observava alguma coisa. Um costume fútil para alguém com o cargo mais importante no mundo da magia. O Ministro alisou os bigodes mais uma vez antes de continuar.
-Primeiro você me pediu para colocar o maior criminoso em custódia no Programa de Redenção. Agora quer que eu o deixe lecionar em Hogwarts? - perguntou ele num tom anormalmente sério.
-É exatamente isso, senhor ministro. - respondeu Harry. -O senhor já confiou uma vez em mim, e pode muito bem me fazer este favor.
-Não se trata de um favor, Sr. Potter. - interrompeu o ministro. -Trata-se da segurança dos alunos. O que você pensaria se visse a escola dos seus filhos, em que você depositou confiança total, estivesse ensinando aulas através de criminosos e bruxos perigosos?
-Mas o senhor enfrentou problema parecido, quando iniciou o programa, e mesmo assim ele aconteceu e funciona até hoje! - protestou Harry.
-A situação era diferente. As pessoas, digo melhor, os pais podem proteger seus filhos com eles estando em casa. Mas em Hogwarts, eles estariam sozinhos, sem a presença dos pais para os defender.
-Mas eu estou em Hogwarts! A presença do diretor deveria ser suficiente para por um fim nessa questão!
-Sejamos racionais, Sr. Potter. Ninguém em sã consciência irá aceitar isso. Está além de um pedido do diretor da escola ou de um favor do ministro.
-Convoque uma audiência extraordinária então. - insistiu Harry numa última tentativa. -O senhor não pode negar isso a mim.
-Não me coloque em cheque, Sr. Potter! Eu sei das minhas obrigações!
-Então posso me preparar para a audiência. Vou mostrar que há muito mais do que recuperar a reputação no seu Programa de Redenção.
O ministro soltou um bufão alto e raivoso. Ele odiava se encontrar com Harry, pelo fato de que sempre se sentia forçado a realizar os desejos do diretor, na maioria das vezes contra sua vontade. Mas ele sabia no fundo, que Harry sempre tinha razão, e nunca pedia nada sem razões óbvias.
-Não sei o que aconteceu entre vocês dois, para que você o perdoasse. - finalizou o ministro. -Mas é bom que ele valha todo este infortúnio.

Voldemort degustava os últimos morangos do sundae que pedira. A calçada da Florean Fortescue estava vazia naquela tarde. Ele olhou solitário para além da rua, vendo poucas pessoas transitarem pelas lojas. Era comum o movimento diminuir fora do período letivo. Mas em uma semana, todas as ruas, calçadas e lojas ficariam apinhadas de estudantes e suas famílias, enchendo carrinhos de itens mágicos para o regresso à Hogwarts. Hogwarts... um nome nostálgico e que no momento provocava singelos arrepios em Voldemort.
A atendente da sorveteria se aproximou, um tanto receosa, para oferecer mais alguma coisa, que foi gentilmente dispensado por ele. O fato de muitas pessoas ainda sentirem medo dele e evitarem até mesmo cruzar o olhar o incomodava muito. Mas fazia parte da sua punição aguentar aquilo e ele não titubearia em deixar aquilo acontecer.
De longe, um homem de aparência jovem o observava. Tinha um sorriso bobo no rosto, como se tivesse encontrado algo muito valioso. Ele ajeitou a camisa e alisou os cabelos antes de atravessar a rua. E como se tivesse sendo esperado, puxou uma cadeira ao lado de Voldemort.
-Desculpe, posso ajudar com algo? - disse Voldemort esquadrinhando o visitante estranho.
-Ah, sim, me desculpe... Tom... Sr. Riddle... Sr. Voldemort... desculpe, eu estava ali na Wolden Parks e vi o senhor do outro lado, sentado bem aqui...
-Seu rosto... -interrompeu Voldemort tentando se lembrar -... me parece muito familiar. Nos conhecemos?
-Ah... mil perdões, senhor. Nem me apresentei... Sou Velton, senhor, Velton Longbotton.
-Longbotton... ah! Você é filho do professor Neville Longbotton?
-Sim senhor, e é uma honra finalmente conhecê-lo. Meu pai falou muito sobre o senhor. E o meu padrinho, Harry Potter também.
-Oh... imagino sobre quais coisas eles lhe contaram. - disse Voldemort temeroso.
-Não se preocupe, senhor. Eles me contaram como o senhor mudou, e, eu acredito no senhor.
Voldemort olhou aturdido para aquele homem. Outra pessoa também acreditava nele. Era um progresso.
-E como vai o seu pai? - iniciou Voldemort.
-Ah, muito ocupado por esses dias. Ele teve que deixar Hogwarts por uns tempos. Depois da descoberta dele sobre as propriedades mágicas da raiz de Asseta, ele passou a integrar o Conselho Mundial de Herbologistas e mostrar o experimento em outros países. Ontem recebemos uma coruja dele. Ele está em Berlim.
-Isso é incrível! - exclamou Voldemort. -E você, herdou os talentos do seu pai?
-Ah, senhor...
-Por favor, me chame de Tom. - corrigiu Voldemort.
-Bem... Tom... digamos que eu mudei um pouco as qualidades do meu pai em mim, e pendi para a área de poções. Aliás, eu sou o professor de poções em Hogwarts.
-Que bom, Hogwarts está em boas mãos. - disse Voldemort sorrindo.
-Mas o que o sen- o que você tem planejado para o futuro, Tom? - pergunto Velton animado.
-Bem, Harry me convidou para lecionar em Hogwarts, embora eu acredite que não dará certo. O ministério foi muito tachativo quando me deram a liberdade... nada de serviços públicos.
-É uma pena, estamos sem o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
-Harry me contou. Eu conheci o Richard, ele é um bruxo formidável. O que foi que aconteceu com ele?
-Bem, antes do ano letivo anterior terminar, ele começou a agir estranhamente, faltava as aulas, reclamava muito de dores na cabeça. O mandamos para o St. Mungus, mas ele se recusou a fazer qualquer consulta ou tratamento. Depois disso, pediu demissão do cargo.
-Isso é muito estranho. - disse Voldemort coçando a cabeça lisa. -Ele amava dar aulas. Isso não faz sentido.
-Eu disse isso ao Prof. Harry. Talvez fosse melhor colocar o ministério para o investigar. - disse Velton. -É melhor prevenir agora do que ter de lidar com problemas depois.
-Concordo.
Uma coruja branca, com mesclas marrons pousou ao lado de Voldemort. Trazia no bico um envelope com o selo oficial do ministério. E na frente do envelope, haviam algumas palavras escritas com tinta verde, numa caligrafia fina desconhecida.

Tom Marvolo Riddle
Calçada da Florean Fortescue
Beco Diagonal
Londres


-É uma carta do ministério? - indagou Velton.
-Sim. - respondeu Voldemort abrindo o envelope. Dentro, a mesma caligrafia do exterior escrevera em poucas linhas.

Prezado Sr. Riddle

O Ministério da Magia solicita vossa presença à Audiência Extraordinária solicitada por Harry Tiago Potter, professor e diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts às dez horas do dia vinte e seis de agosto. Esteja no Departamento de Mistérios no sétimo andar no horário marcado, para evitar possíveis transtornos. Obrigado pela atenção.


Giselda Hopkirk.
Secretária Sênior

-Audiência extraordinária?! - perguntou Velton curioso. -Pelo visto o Prof. Harry vai estar presente. Acho que nos veremos em Hogwarts, Tom.
-Que sejam verdade as suas palavras, Velton. - retribuiu Voldemort rindo.
-Bem, tenho que voltar. Minha esposa, Mari, não gosta que eu chegue tarde em casa. Faça-nos uma visita nas próximas férias, ela adora receber visitas. E a Escócia é um lugar muito bonito.
-Obrigado Velton. Mande um alô para sua esposa! - gritou Voldemort para Velton já do outro lado da rua. -Embora eu ache que ela não irá gostar. - terminou num sussurro.
Lord Voldemort
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potter - Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação] Empty Re: Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação]

Mensagem por Lord Voldemort Qui Ago 25, 2011 3:28 pm

Capítulo quatro
O erro do Eleito

HOGSMEAD NÃO ERA TÃO POPULAR NAS FÉRIAS. Isso porque o maior fluxo de pessoas só era visto no período letivo de Hogwarts. Mas para as pessoas que viviam por ali essa situação era um alívio. Muitos moradores por vezes reclamaram das invasões de suas casas, e das tentativas, às vezes bem sucedidas, de traquinagens com quinquilharias da Zonko's.
O dia ainda estava nas primeiras horas e o Três Vassouras já estava ocupado. Na terceira mesa depois da porta, um homem estava sentado sozinho, lendo um jornal. Harry Potter estava esperando por alguém. Uma moça de pele muito branca e cabelos negros se aproximou da mesa, com um sorriso simpático.
-Alguma coisa pra beber, professor?
Harry abaixou o jornal encarando o rosto jovial da garota. Era muito parecida com a mãe.
-Por enquanto não, Felícia. - respondeu Harry num tom cortês. -Mas, como vai a sua mãe?
-Muito melhor. Ela já deixou o St. Mungus. Está se recuperando em casa. - respondeu ela animada. -Ela está doida para voltar ao trabalho.
-Bem, não consigo imaginar o Três Vassouras sem a Madame Rosmerta.
-Ela ficará feliz com isso. Estarei no balcão se precisar de alguma coisa. - indicou ela enquanto se afastava.
Harry baixou os olhos novamente para o jornal que estava lendo. Na primeira página do Profeta Diário havia uma foto sua ao lado da de Voldemort e em cima uma manchete em letras chamativas.

HARRY POTTER, O ELEITO. SERÁ ELE O NOVO SUCESSOR DAQUELE -QUE-NÃO-DEVIA-SER-NOMEADO?

Pasmem meus queridos leitores! Harry Potter, nosso salvador, aquele que derrotou o lorde das trevas está se tornando o melhor amigo dele. Quanta ironia! Ou melhor dizendo, quanta afronta!
Será que o menino que sobreviveu está se rendendo às trevas e se transformando no novo Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado?
Eu mesma, Rita Skeeter, tive essas informações de uma fonte segura e confiável.
Harry Potter quer colocar Voldemort em Hogwarts!
Imaginem o quanto isso é perigoso. O ministro da magia, que corre o risco de ser deposto desde o início do seu Programa de Redenção, deve ter assinado sua carta de demissão ao aceitar uma Audiência Extraordinária para tratar do caso.
E essa audiência foi requerida por ninguém menos que nosso herói.
O que estará acontecendo com o mundo bruxo?
Que futuro nos aguarda?
Só nos resta esperar pra ver.


Harry jogou o jornal para o lado. Apesar das afrontas, ele não estava preocupado com as críticas do Profeta. Sua única expectativa era que o Conselho da Ordem de Merlin e do Ministério aprovassem sua petição. Mais dois dias e tudo iria se resolver.
A porta do bar se abriu, e um homem de sobretudo preto e bengala entrou. Seu rosto estava oculto por um chapéu. Na gola do sobretudo havia um botão de prata, com a letra O gravado em ouro. O homem olhou para os lados, como se procurasse alguém. Ao ver Harry, rumou para onde ele estava sentado. Harry ficou em pé ao ver o visitante e o cumprimentou. As mãos do homem estavam ligeiramente machucadas.
-Sente-se, por favor. - indicou Harry.
-Obrigado por me receber aqui, professor. - disse ele se sentando. A voz era fria e sem vida.
-Confesso que fiquei intrigado em não poder recebê-lo em meu escritório em Hogwarts. - continuou Harry.
-Sinto muitíssimo. Tenho alguns motivos que me impedem. - completou o homem tirando o chapéu. Seu rosto era marcado por várias cicatrizes, mas nenhuma era tão feia quanto a que partia da testa no lado esquerdo, descendo até a altura dos lábios. Era funda e retalhada. Os olhos de um verde quase amarelado. E uma boca fina.
-Toma alguma coisa? - perguntou Harry acenando para um homem do balcão.
-Uísque de Malte, por favor. - respondeu ele.
A conversa só recomeçou depois que as bebidas chegaram. Harry pedira uma garrafa de hidromel envelhecido. Depois de um gole demorado do uísque, o homem começou a falar.
-Tenho ouvido muitas recomendações de Hogwarts, professor. E pela avaliação do ministério, os alunos formados lá são bruxos de alto nível.
-Está interessado em alguma vaga, senhor...?
-Cousen, Brendon Cousen. Sim, estou interessado em uma vaga. Meu sobrinho, Gary, foi transferido para o quinto ano em Durmstrang, mas não conseguiu se adaptar as regras da escola. Então resolvi tentar com o senhor.
-Durmstrang não é mesmo um lugar muito sociável. Ficou pior depois que Igor se aposentou. - disse Harry tomando um gole de hidromel. -Você disse que ele está no quinto ano? Bem, ele vai precisar passar por uma avaliação antes, pra sabermos se os níveis são compatíveis.
Brendon ouviu as últimas palavras como se fossem ofenças explícitas. Seu rosto parou de exibir um falso sorriso amarelo e ficou sisudo.
-Creio que isso não será necessário, professor, os talentos do meu sobrinho excedem expectativas e...
-O teste de nível será aplicado as treze horas do dia vinte e sete de agosto. Não se atrasem ou ele poderá perder a vaga. - disse Harry com firmeza. -Não há excessões na nossa escola, Sr. Cousen.
-Entendo... - respondeu Brendon com o rosto ainda horrorizado. Logo depois, na tentativa de um sorriso ele completou frase – ele estará na data marcada.
Os dois se encararam por um tempo e então Harry se levantou. A conversa durara tempo demais.
-Se me der licença, tenho algumas coisas para fazer. - disse Harry deixando algumas moedas douradas em cima da mesa. -Passar bem.
Brendon fitou Harry de esguela até ele desaparecer pela porta. Então tirou um caderninho do bolso e começou a anotar algumas palavras.
-Se ele pensa que será fácil, - pensou consigo mesmo – está muito enganado. O poder dos Oddesh excede expectativas. Nenhum teste é páreo para Adrian. Aliás, acho que nem eu sou capaz de detê-lo.

O tempo voou e a véspera da audiência no ministério chegou num piscar de olhos. Voldemort que a vários dias não conseguia dormir agora estava com dor de estômago.
-Isso é horrível! - disse ele para Harry numa conversa informal na calçada da Florean. A sorveteria tornara-se um ponto de encontros regulares entre os dois bruxos.
-Tem idéia do que vai dizer? - perguntou Harry enchendo a boca com sorvete de flocos.
-Pra ser sincero, não. - respondeu Voldemort atacando seu terceiro sundae. -Puxa vida, como isso é gostoso! - continuou com a boca cheia.
-Eu aconselho a não ir muito para o lado das leis, os membros do conselho são políticos natos e sabem manipular o sentido de qualquer regra à favor deles.
- advertiu Harry. -Conquiste o coração deles.
Voldemort riu. Conquistar o coração deles seria tão difícil quanto sobreviver à maldição da morte. Impossível.
-Harry, eu não quero parecer pessimista, mas eu acharia bom você continuar a procurar outro professor, porque talvez eu não consiga o aval do ministério.
-Não se preocupe tanto com isso. Se seu discurso não for suficiente, creio que já ganhei poder e respeito entre eles para persuadi-los.
-Harry Potter, a cada dia me surpreendendo mais... ah, leu a matéria que a Skeeter escreveu no Profeta Diário?
-Li. E nem ligo pro que aquela velha escreve. Nunca liguei, ela só escreve o que convém.
-Adoraria saber o que ela faz pra ficar tão jovem, sendo tão caquética!
Os dois riram por um tempo. Harry terminou o sorvete antes de Voldemort, que muitas vezes levara a mão até a boca do estômago. A alimentação dele agora era controlada, para aliviar as fortes dores do aparelho digestivo. Mas apesar disso, ele não abria mão de tomar sorvete.
-Você devia ir ao St. Mungus ver essa dor. Eles vão te ajudar! - disse Harry.
-E ter que tomar infusão de losna pro resto da vida? Nem pensar! - retrucou Voldemort atochando a última colher na boca.
-Não posso obrigá-lo a cuidar da sua saúde – disse Harry. -Posso usando Imperius – continuou falando num sussurro quase inaudível.
-Não se preocupe, ficarei bem. - respondeu Voldemort se levantando. -Vou me preparar para a audiência. Até amanhã, amigo!
E dizendo estas palavras, saiu pela rua, desaparecendo minutos depois.


Última edição por Lord Voldemort em Qui Set 08, 2011 10:22 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Lord Voldemort Seg Set 05, 2011 3:56 pm

Capítulo cinco
A audiência no Ministério

O DIA DA AUDIÊNCIA CHEGARA E COM ELE, UMA MANHÃ ATIPICAMENTE GOSTOSA PARA A ÉPOCA. Tom Riddle abriu as cortinas da janela do quarto, deixando a claridade inundar o cômodo todo.
O rosto que contemplava a si mesmo no espelho já não era mais o mesmo. A pele adquirira um tom rosado, ainda pálido, mas mais humano do que o cinzento de antes. Tom observava feliz os resultados do tratamento e angulava várias posições a fim de ver como seu nariz ficava. Passara tanto tempo sem, que nem se lembrava de como era ser normal.
A roupa já estava escolhida. Um terno preto com riscas de giz, sapatos lisos, gravata e um blazer escuro com detalhes em dourado. O clima estava mudando e os ventos do outono já começavam a aparecer.
“Não tenho tempo pra isso.” - foi o que disse a si mesmo quando o estômago protestou pelo estado de fome. O relógio em cima do criado mudo marcava nove e quinze. Ele estava em tempo. Observou seu rosto mais uma vez no espelho, e então vestiu-se.
Quando o relógio marcou nove e meia, Tom ganhou a rua, desvencilhando-se das pessoas apressadas que vinham na direção oposta. Como estava impossibilitado e proibido de usar magia, ele teria que usar a entrada para visitantes. Enquanto atravessava uma das ruas do trajeto, checou novamente os números que deveria discar na cabine telefônica ao chegar no prédio abandonado onde ficava o Ministério “62442... não posso esquecer”. Em alguns minutos, sua vida estaria nas mãos das pessoas que mais o odiavam.
Muito longe dali, um jovem de aparência anormal andava impaciente de um lado para outro.

-Você vai na audiência? - perguntou uma mulher loura num tom rude.
-Sim, querida, eu preciso estar lá! - respondeu Velton ajeitando o nó da gravata.
-Você precisa é ficar aqui, comigo! - retrucou ela pondo-se na frente do marido. -Aquele... aquele homem é coisa ruim, afaste-se dele, querido!
-Mari, já conversamos sobre isso. Meu pai acredita na mudança dele, o Prof. Harry acredita nele, e eu também acredito.
-Vocês estão loucos, isso sim! - insistiu Mari com veemência. -E o que o Profeta Diário vem dizendo sobre os dois, hã?
-Você sabe o que eu penso sobre aquele jornal. - disse Velton parando e a encarando. -E aliás, você também sabe. Ou já se esqueceu do que eles fizeram à você ano passado?
Marishka Vladslov Tepes Longbotton foi, durante muito tempo, alvo de críticas severas e descabidas do Profeta Diário. Para o jornal, a bela jovem de cabelos dourados e olhos tão azuis como os céus da primavera era mais do que uma simples professora em Hogwarts. Era uma caçadora de oportunidades. Não que o casamento com o então professor titular de poções Velton Longbotton, filho do famoso herbologista e pesquisador Neville Longbotton, tivesse acontecido às pressas. “Ela nem estava grávida!”, dizia o comentário maldoso de Rita Skeeter num dos primeiros artigos lançados sobre Marishka. E durante muito tempo, as insinuações prosseguiram. Mas felizmente perderam a força, quando todos os envolvidos deixaram de se preocupar, não dando mais motivos para as provocações. Uma sábia decisão, diga-se de passagem.
-Eu nunca vou esquecer o que me fizeram! - protestou ela em defesa. -Mas não quero dar mais motivos para falatórios.
-Então não se preocupe com nada, querida. - concluiu Velton. -Voltarei antes do jantar.
Ele se despediu, dando um beijo caloroso na esposa. Ao se afastar, Velton cruzou o olhar com o dela, no mesmo momento em que sentiu um calor conhecido e uma euforia descomunal. Então ele sorriu e se virou de costas para ela.
-Seu charme veela não vai funcionar hoje. - disse ele atravessando o portão. -A propósito, coloque mais um prato para o jantar. Tom Riddle voltará comigo.
Ele desceu da árvore que sustentava a casa tão rápido quanto um esquilo, antes que ela o atingisse com algum feitiço ou um dos vasos perto da porta.

O interior do Ministério da Magia estava lotado. Bruxos e bruxas andando apressados por todos os lados. Aviõezinhos de papel voando por cima das cabeças. Um vozerio misturado ao barulho dos sapatos batendo no mármore do chão. Tom Riddle andava solitário por entra as pessoas, com a cabeça baixa, tentando chamar o mínimo de atenção. Mas era algo inevitável.
Na medida que ele andava, as pessoas o viam e se afastavam, com uma expressão de medo, fúria e desaprovação. Logo acima da fonte, Tom olhou para cima, vendo uma imagem enorme com uma propaganda do Ministério.

“Redenção hoje e sempre!”

Est melius quam supplicium redimentes!
Redimir é melhor do que castigar!


Tom sabia bem o que aquilo significava. O Programa de Redenção do Ministério da Magia. Um prisioneiro de Azkaban, cujos crimes o levaram à prisão perpétua é marcado com um selo bloqueador de magia. Então ele é devolvido à sociedade, sem poder usar qualquer magia. Com isso, ele sofrerá o despreso da sociedade e aprenderá da pior forma com os erros. Um castigo pior do que ficar isolado em uma cela. Na verdade, era algo para se pensar.
Como esperado, o elevador segui vazio, com apenas Tom dentro. O décimo andar demorava um tempo para ser alcançado e ele aproveitou para rever seu texto de defesa. Minutos depois, o elevador parou e a porta se abriu. Do lado de fora, um homem parecia estar à sua espera. Tom o cumprimentou, mas não obteve resposta. O homem fez sinal para que ele o acompanhasse. E assim foi, todo o trajeto, sem falar uma só palavra.
Do lado de fora da Sala de Audiências Nº4, Velton conversava com um bruxo velho, com cabelos brancos tão longos que se misturavam à barba. Ao ver a chegada de Tom, ele encerrou a conversa, virando-se para encará-lo.
-Enfim, chegou a hora. - disse ele esboçando um sorriso. -Está nervoso?
-Como se não soubesse a resposta... - disse Tom encostando-se na parede. -Não durmo à três dias.
-Podemos remarcar para um outro dia, se não estiver se sentindo bem.
-Não! - respondeu Tom imediatamente. -Quero acabar logo com isso.
Com as últimas palavras, o ministro passou por eles, sem desviar o olhar para frente. Velton fez sinal para que ele o seguisse.
O interior da sala circular era simetricamente perfeito. Haviam dois andares. No piso inferior, havia uma cadeira de madeira de lei com um estofado verde, posicionada no meio de uma plataforma de mármore, à poucos centímetros do chão. Logo à frente, uma tribuna acomodava treze lugares, sendo seis na esquerda, seis na direita e um posicionado estratégicamente no meio. Todos esses lugares estavam ocupados, exceto pelo lugar do ministro, que ainda estava subindo. No piso superior, haviam dezenas de lugares para espectadores e personalidades bruxas assistirem. O homem que recepcionara Tom no elevador indicou a cadeira para ele. Quando Tom sentou-se, uma sensação esmagadora sobreveio sobre ele. Era quase insuportável.
-Audiência Extraordinária número trezentos e setenta e nove. - começou o ministro. -Prisioneiro número seis mil quinhentos e noventa e um, Tom Marvolo Riddle, condenado à prisão perpétua em Azkaban em julho de dois mil e quatro, sob regime de detenção em liberdade pelo Programa de Redenção do Ministério da Magia desde outubro de dois mil e vinte e oito. Tais informações procedem?
O homem que acompanhava Tom o cutucou para que ele respondesse.
-Sim, senhor. - respondeu Tom.
-Está ciente de que deve falar a verdade nesta seção, sob possibilidade de perda total dos direitos adquiridos se proceder ao contrário? - continuou o ministro.
-Sim, senhor.
-O requisitante desta audiência se faz presente? - indagou o ministro levantando os olhos e procurando pela sala.
-Sim, senhor ministro. - disse Harry entrando na sala e posicionando ao lado de Tom. -Harry Tiago Potter, Ordem de Merlim – Primeira Classe, Conselheiro Sênior do Comitê Internacional de Magia, Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Alifah o encarou, como se tivesse sido ofendido. Então ele voltou à falar.
-Como parte desta audiência, convido a juntar-se a nós as pessoas que irão assistir e participar da opinião final. - disse parando e alisando os bigodes curvados. -A Suprema Corte dos Bruxos e a Associação de Pais da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
O estômago de Tom afundou como uma pedra caindo em um lago gelado. A presença dessas pessoas era a pior coisa que poderia acontecer. Ele virou a tempo de ver Velton abaixar a cabeça, decepcionado. Uma mescla de medo e angústia invadiu o corpo de Tom, que já se dava por vencido. Harry porém, não mostrou nenhuma reação.
As pessoas chamadas foram entrando, passando por Tom enquanto rumavam para as escadas. Ele não conseguia olhar para cima, ficou encarando os joelhos trêmulos. Todos que passaram por ele, exprimiam olhares raivosos, alguns o ofendiam com palavras, “assassino”, “covarde”, “desgraçado”. Uma mulher acertou um tapa na cabeça lisa de Tom, sendo levada para cima por um dos aurores presentes.
-Eu, Alifah Houdörn, como Ministro da Magia, presido esta audiência. - finalizou ele.
Todos se acomodaram, com os olhares indo de Tom para o ministro, e vice-versa.
-O motivo desta audiência é a requisição do diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, para que o prisioneiro aqui diante de vocês, lecione na referida escola.
Como se um vespeiro tivesse sido agitado, a maioria das pessoas começou a falar, ao mesmo tempo, gerando um barulho maciço e irritante.
-Mas isso é um completo absurdo! - bradou um bruxo de meia idade que usava um chapéu roxo pontudo.
-Uma total estupidez! - completou a mulher ao seu lado, que usava o mesmo estilo de chapéu.
-Senhor e Senhora Conselheiros. - interveio Harry. -Acredito que isso seja apenas uma questão de explicação...
-Não tem o que explicar, Sr. Potter. - interrompeu o homem. -Você deve estar ficando louco. Ou velho.
De seu lugar, Alifah ria, brincando com o bigode. Se continuasse assim, aquilo terminaria antes mesmo do que ele imaginava.
-Não sei onde o Comitê estava com a cabeça quando aceitou que você fizesse parte...
-Não sei onde eles estão com a cabeça para deixar pessoas como o senhor ainda fazerem parte! - interrompeu Harry irritado, para o horror dos presentes.
-Como ousa? - disse a mulher.
-Eu não sou mais criança, sou diretor desta escola, e pela lei cabe a mim decidir quem vai ou não ensinar.
-Mas o ministério pode intervir se achar que suas escolhas possam causar problemas. - disse Alifah.
-Isso é muito oportuno, já que o motivo deste homem estar aqui é por autorização do ministério. - rebateu Harry se aproximando de onde o ministro estava.
-Não se esqueça que leis podem ser revistas! - disse Alifah cerrando os dentes.
-Ora vejam só. - começou um bruxo à direita do ministro. - Este homem aqui presente já foi um assassino. O notório Lord Voldemort. Ele torturou muitas pessoas. Ele matou muitas pessoas. Ele matou seus pais e tentou te matar inúmeras vezes, Sr. Potter. Ou isso é mentira?
-Isso é verdade, Sr. Magnamara. - respondeu Harry. -Ele é responsável por esses e outros crimes. Mas as coisas mudam. O senhor mesmo, já teve que mudar de opinião várias vezes, certo? Mas enfim, vou contar-lhes uma história. - disse Harry passando a andar de um lado para outro na sala. -Anos atrás, eu e mais alguns aurores estávamos à procura da mais incessante ameaça já registrada na história da magia. Cujos poderes quase superaram os de Lord Voldemort. Acredito que todos lembrem de Proteus.
Quando o nome foi citado, cochichos eram ouvidos em todos os lados. Tom com a cabeça ainda baixa apenas ouvia.
“O livro de ouro de Amon-Rá, foi citado durante muito tempo como parte da mitologia egípcia. Ninguém jamais se dera o trabalho de ir procurar qualquer coisa a respeito. Mas este homem, que ainda causa muito sofrimento à certas pessoas se interessou por ele. O Livro da Vida, tem o poder de levar embora a alma das pessoas. Se o plano de Proteus tivesse sido bem sucedido, provavelmente o mundo que conhecemos seria bem diferente. E se eu me lembro bem, uma ajuda foi essencial para que isso não acontecesse. Acho que todos sabem de quem eu estou falando.”
“Tom Riddle foi um homem mau e cruel. Foi. Depois de compreender a situação de um ponto de vista adulto, pude compreender que guardar mágoa e rancor só traria mal para mim. Eu acredito no Programa de Redenção. As pessoas precisam pagar pelo que fizeram, sendo expostas ao mundo e vê-lo sem poder sentir a felicidade completa. Por seus crimes, eles nunca terão uma vida plena, e acreditem, não há pior castigo do que esse.”
Harry virou-se de frente para Tom, que levantou a cabeça para encará-lo. E do nada socou a face dele com tanta força, que os pés pregados da cadeira ameaçaram ceder. Os ocupantes da sala olharam atônitos.
-Tom Riddle, eu poderia matar você. Poderia ter te matado naquela noite, em que você ajudou a salvar o mundo. Mas se eu tivesse feito isso, além de me tornar um monstro como você, teria condenado o mundo todo.
Harry agarrou Tom pelo colarinho, erguendo o corpo até ficar centímetros longe do chão.
-Qualquer um de nós pode acabar com ele. Qualquer um de qualquer lugar. Inclusive seus filhos. Nesse estado atual, ele não passa de um pedaço de carne sem utilidade.
Ele soltou Tom de volta à cadeira.
-Tom Riddle não foi voluntário ao Programa de Redenção. - continuou Harry. -Ao contrário, ele se opôs desde o início.
-Mas isso é fácil, ele é culpado mesmo, é o mínimo que devia fazer! - disse um dos pais no andar de cima.
-E deixá-lo apodrecer em Azkaban seria o pior castigo?! Não! - argumentou Harry. -Esses prisioneiros precisam viver no mundo, desejando serem normais e não poderem. Desejando ter uma vida e não poderem. Desejando até mesmo acabar com suas vidas para terminar com o sofrimento, mas não podem. Agüentar o desprezo, as ofensas. Este é o pior castigo.
-E dar a ele um cargo em Hogwarts é parte do castigo? - perguntou Alifah com sarcasmo. Enfim chegara a hora da verdade.
-Só existem dois bruxos no mundo, cujos poderes e habilidades podem ser comparadas às do grande Merlim. Alvo Dumbledore e Tom Riddle. Infelizmente Dumbledore já não está conosco, partiu quando eu ainda era um estudante. Mas temos Tom Riddle. O homem que pode ensinar magia à um nível totalmente novo, deixar seus filhos preparados para qualquer problema, inclusive salvar a vida de vocês aqui presentes. Ou vocês acham que o mundo da magia vai continuar em paz para sempre?
-Vai dar uma varinha à um assassino? - insistiu o ministro, apertando o cerco.
-O ministro deve estar ciente dos métodos de controle do uso da magia. Ou o senhor faz questão de não conhecer os departamentos da sua administração? - indagou Harry com ousadia.
A têmpora do ministro saltou. A pele passou de amarelo para vermelho tomate.
-Cuidado com suas palavras, diretor.
-Todos puderam falar e ouvir as acusações do ministro e de vocês mesmos. Mas até agora não ouvimos do próprio Tom o que ele pensa disso tudo. - disse Harry.
-Tom Riddle, o que tem a nos dizer? - perguntou o ministro com uma expressão de nojo.
Tom que até agora nada dissera se levantou, ainda olhando para baixo. Então respirou fundo e pôs-se a falar.
-Eu passei quase trinta anos em Azkaban. - começou ele com a voz meio rouca. -E não arrependo de nenhum dia que passei lá. Todo esse tempo foi suficiente para que eu percebesse as escolhas que eu tinha feito, e os caminhos errados que eu tomei. Eu não fui uma boa pessoa, e nem quero que as pessoas pensem o contrário. O que eu quero é mostrar com a minha vida, o que as escolhas erradas podem causar. Eu quero ser útil, eu quero poder mudar qualquer sentimento oculto no coração dos vossos filhos, que um dia possam torná-lo um monstro como eu fui.
Palavras simples, mas que surtiram um efeito tremendo. Os pais que até agora o olhavam com desprezo e raiva, começavam a ponderar sobre o assunto.
-Este homem, - disse ele apontando para Harry – tem todos os motivos do mundo para me odiar, mas decidiu enxergar em mim algo além de um criminoso. Harry, como muitas pessoas procuram uma utilidade em cada problema. Eu gostaria de ser uma ferramenta para aperfeiçoar os futuros aurores e ministros. Mas a decisão final é de vocês.
Tom se sentou com uma dificuldade, o rosto começando a inchar pelo soco levado momentos antes.
-Querem ensinar seus filhos como se defenderem de ameaças poderosas com toda a proteção e minha responsabilidade, ótimo. A escolha é de vocês. - finalizou Harry.
Durante algum tempo, houve um silêncio. Então o ministro alisou o bigode novamente, observando todos na sala.
-É hora de votar. Quem for à favor da autorização para que Tom Marvolo Riddle lecione em Hogwarts, levante a mão direita.
Tom fechou os olhos. Não queria ver, ele no fundo sabia que não iria receber a autorização. Tudo aquilo fora perda de tempo, e ele iria decepcionar Harry mais uma vez.
Dez segundos haviam se passado, e nenhuma mão podia ser vista. Alifah abriu um sorriso sarcástico. Ele vencera. Mas quando ele abriu a boca para dizer a sentença, um casal levantou as mãos. em seguida, mais dois bruxos levantaram a mão direita. Mais um. Mais três. No total, dezessete mãos levantadas, contra dezesseis que se mantiveram abaixadas. O ministro soltou um silvo de raiva e falou sem emoção.
-Autorização concedida. Audiência encerrada.
E com o barulho do martelo batendo na tribuna, Tom abriu os olhos, incrédulo. Os bruxos começaram a sair do andar de cima, e outros ficaram conversando sem se levantar. Harry passou por Tom sem falar nada, apenas dando um tapinha em suas costas.
-Parabéns, professor! - disse Velton sorrindo. Tom não conseguia falar. -Venha, vamos comemorar.
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Mensagem por Lord Voldemort Qui Set 08, 2011 10:13 am

Capítulo seis
Tabula rasa

[4] A CASA DOS LONGBOTTON ERA SINGULAR. Construída em cima de um salgueiro enorme, mas parecia uma casa na árvore do que uma residência. Mas como é incrível a magia. Pequena por fora e majestosa por dentro. O exterior era rústico. Totalmente de madeira, com janelinhas de vidro, algumas vedadas com cortinas em xadrez vermelho e branco do lado de dentro, outras com bancas de flores coloridas.
Do lado da porta na frente da escada que seguia do chão até a plataforma onde a casa fora fixada, haviam alguns vasos de flores e plantas ornamentais. Um tapete no chão dizia em algumas palavras em língua desconhecida. “Bun venit”.
Mas nada se comparava ao interior. Os cômodos era divisados como qualquer casa comum. As paredes brancas como neve, com inúmeros quadros e enfeites pendurados. A presença feminina da casa era evidente. A arrumação da mobília era impecável. Alguns aparatos trouxas se misturavam à artefatos bruxos, o que dava um toque peculiar em cada canto.
Marishka estava sempre procurando deixar tudo arrumado, pois a tarefa como professora em Hogwarts exigia boa parte do seu tempo. E além disso tudo, ainda precisava de um momento à sós com o marido, algo que ela jamais esquecia de fazer.
Quando o relógio da sala marcou seis da tarde, Mari estava terminando de preparar o jantar na cozinha. Ao som de Bach, ela enfeitava uma assadeira com costeletas de porco assadas com rodelas de abacaxi. Depois foi até a pia e pegou uma tigeja com molho de manga. No fogão, uma panela exalava um aroma delicioso de purê de abóbora com leite de côco e amêndoas. A mesa de jantar fora posta para quatro pessoas. Do lado de fora da casa, duas pessoas haviam acabado de chegar, surgindo do nada com um barulho estridente.
-Desculpe causar-lhe tanto trabalho. - disse Tom ainda massageando o rosto. -Não tenho magia para poder aparatar sozinho.
-Não se preocupe, Tom. Eu faço isso com o maior prazer. - respondeu Velton animado. -Venha, vamos entrando.
Quando a porta abriu e eles entraram, um brilho anormal se fixou nos olhos de Tom. Aquele era sem dúvida o lugar mais magnífico em que ele já estivera.
-Bem vindo à nossa casa. - continuou Velton tirando a jaqueta. -É modesta.
-Achei um máximo! - respondeu Tom vislumbrado.
-Já chegou amor? - disse Mari da cozinha.
-Sim, querida, já voltamos. - respondeu Velton trazendo Tom em direção à cozinha.
-Que bom, eu já estou terminando o jant... - disse ela parando de chofre ao ver Tom na sala de jantar. -O que ELE faz aqui?
-É convidado para o nosso jantar. - disse Velton calmamente.
-Não nesta casa! - disse Mari virando as costas e voltando pra cozinha.
Tom conseguiu ficar vermelho na pele ainda pálida. A situação era desconcertante.
-Por favor, espere aqui. - disse Velton indicando um sofá próximo para Tom. Ele não ousou sentar.
-O que você pensa que está fazendo trazendo esse... esse homem pra nossa casa?! - disse ela com raiva.
-Querida, já conversamos sobre isso, e eu já te expliquei as coisas...
-Amor... - disse ela se aproximando – meu querido... - ela estava muito próxima – meu anjo eterno... - seu rosto ficou tão próximo ao de Velton que seus lábios se tocaram. Um beijo ardente e sedutor aconteceu. -Você sabe o que acontece quando uma veela fica irritada? - finalizou ela com um sorriso excepcionalmente fofo.
-C-coisas q-queimam? - respondeu Velton com dificuldade.
-Isso mesmo! - respondeu ela ainda com o rosto muito perto. -Coisas queimam. Mas você sabe que eu não faria nada com você, não é?
-Sim...- respondeu Velton com um sorriso bobo. Mari o abraçou, colocando sua cabeça no peito do amado.
-E então, querido, vai colocar esse homem pra fora de casa, não vai? - perguntou Mari com uma voz sedutora.
O sorriso bobo de Velton deu lugar à um olhar sério. Ele segurou a esposa pelos ombros, colocando-a contra a parede. Então deu-lhe um beijo forte e demorado. Por fim se afastou e deu um sorriso.
-Tom Riddle é nosso convidado e vai jantar conosco. - disse ele saindo da cozinha. -E não me olhe com esses olhos.
Ele saiu da cozinha um segundo antes da parede próxima a ele pegar fogo do nada. Mari exibia uma face mortalmente irada. Velton não arriscaria irritá-la daquele modo, se não fosse por algo tão importante. Tom Riddle valia tando a pena assim?

[5]O ambiente estava sujo e mal cheiroso. Alguns ratos passeavam tranquilamente pelo chão, enquanto um homem emcapuzado andava de um lado para outro. O que mais parecia ser o quarto de uma casa tinha apenas uma porta e uma janela com os vidros quebrados. As primeiras estrelas começavam a aparecer, tímidas, no céu. Um barulho de passos chamou a atenção do homem.
-Está atrasado, como sempre. - disse o homem encapuzado.
-Perdão, milorde, foi um pouco difícil chegar aqui sem ser notado...
-Cale a boca! Detalhes da sua incompetência não me interessam. - disse interrompendo o recém-chegado. -Espero que pelo menos tenha o que eu preciso.
-Sim milorde, eu consegui o ingrediente que faltava. - respondeu o outro homem, depositando um frasco cinza aos pés do encapuzado.
O homem mostrou um sorriso amarelado por baixo do capuz. Depois abaixou-se e pegou o frasco no chão, escondendo-o sobre as vestes.
-Tem certeza de que não foi seguido, Richard Harris? - perguntou ele.
-Sim, milorde, tenho certeza absoluta. - respondeu Richard.
-Otimo. Venha, vou lhe dar sua recompensa. - disse o homem passando pela porta. Richard o seguiu em silêncio.
Andaram pela casa até um lugar parecido com uma sala. Havia apenas um sofá rasgado, virado ao contrário e algumas lascas do assoalho soltas em alguns cantos. O homem então parou, virando-se de frente para Richard.
-Levante-se! - disse ele com a voz fria.
-M-milorde...
-Você me foi muito útil até agora, Richard. Mas não preciso mais dos seus serviços.
Ele abaixou o capuz, revelando um rosto quase branco como papel. A boca era fina e os olhos amarelos e brilhantes como brasas.
-M-milorde... p-por favor! - implorou Richard.
O homem agitou a mão direita, fazendo o corpo de Richard levitar em sua direção. Quando o corpo ficou em pé, ele agarrou o rosto com as duas mãos, aproximando-o do seu próprio. Na medida que os olhos se fixaram um no outro, Richard começou a gritar, sentindo seu corpo queimar.
-Pare...! PARE! - berrava Richard em protesto.
Então, de repente, seus membros contorceram-se, produzindo uma dor dilacerante. Os ossos cresceram, estourando a pele e saindo para fora do corpo. O chão se enxarcou de sangue e, em segundos, o homem soltou o que sobrara de Richard por cima da poça vermelha.

-Desculpe pelo inconveniente, Velton. - disse Tom sem graça. Em suas mãos havia uma taça com um líquido prateado. De vez em quando uma bolhinha ou outra subia a partir do fundo.
-Já disse pra não se preocupar com isso. - disse Velton servindo-se de sua taça. -A Mari pode parecer durona no início, mas se mostra um doce depois que a conhecemos melhor.
Tom esboçou um sorriso tímido. Durante alguns momentos ele pensou em se levantar e ir embora. Mas sempre afastava esse pensamento com a idéia de que aquilo era necessário. Fazia parte do seu processo de mudança. A conversa entre os dois estava se resumindo à audiência, que embora tivesse um saldo positivo, ainda não deixava Tom à vontade para discutir vertentes e diretrizes. Quando ele achou que teria que sugerir a mudança de assunto, foi salvo por algumas batidas na porta. Velton se levantou para abrir a porta, que logo depois revelou o casal Potter.
Harry usava um traje informal, calças jeans claras, uma camiseta vermelha e folgada, e uma jaqueta creme com muitos bolsos. Seus óculos tradicionais cintilaram com o reflexo da luz da sala. Gina usava um vestido tubo preto, com um casaquinho bordado à mão pela mãe e sapatos de salto e bico finos. Um brinco de diamantes completava o figurino. Os longos cabelos ruivos balançaram quando a porta se fechou por trás deles.
-Boa noite, diretor! - saudou Velton animado.
-Por favor, Velton, não estamos na escola. - disse Harry rindo. Então ele diminuiu a voz para um sussurro. -Só não diga aquele apelido...
-Sem problemas, caro amigo. - respondeu Velton contendo o riso. -Vamos, entrem! Sintam-se em casa.
-Mari está na cozinha? - indagou Gina.
-Sim, Giny. Você lembra o caminho?
-Sim, obrigado por perguntar. - retribuiu ela com um sorriso.
Gina se juntou a Mari na cozinha, enquanto os três ficaram na sala de visitas. Por um momento ninguém disse nada. Só quando Velton saiu da sala para pegar mais bebidas que o silêncio foi contornado.
-Tom, eu...
-Por favor, não. - interrompeu Tom. -Você tem suas razões e eu não ouso contestálas.
-Mas eu lhe devo uma explicação! - insistiu Harry.
-Explicação? Até agora você tem se arriscado demais por mim. Muito mais do que o necessário, tenho certeza.
-Isso não é verdade! - protestou Harry. -Por mais que as pessoas não achem isso, eu racionalizo minhas ações, sei o que eu estou fazendo. É só que as vezes...
Ele parou, com receio de completar a frase. Mas Tom sabia o que ele ia dizer. Sabia e entendia o real significado.
-Tudo bem, Harry. - disse Tom se levantando e colocando a taça ainda cheia em cima da mesa. -Eu mais do que ninguém entendo como você se sente.
Quando Velton voltou a sala, o clima pesado só não era mais tenso do que a cena a seguir. Tom estava rumando para o cabide onde seu casaco estava. E quando Velton o viu, correu para impedí-lo.
-Onde está indo, Tom?
-Me desculpe Velton, eu... eu não estou me sentindo muito bem, é isso. O dia foi bem agitado e...
-Mas nem pensar. - disse Mari entrando na sala. -Eu não cozinhei feito uma doida pra desperdiçar comida. Já que VOCÊ está aqui, não faça desfeitas. - disse ela com a cara amarrada.
-Me desculpe, Sra. Longbotton, eu não quero atrapalhar o jantar de vocês e...
Ele parou ao perceber os efeitos da sua palavra. A pele bem clara e sedosa dela deixava transparecer o furor que sintia, tingindo-a de vermelho vivo. Os olhos azuis faiscavam, como se fossem pavios acessos, prontos para detonar o que estivesse na frente. Tom congelou ao começar a imaginar o que uma veela com raiva poderia fazer. “Elas podem queimar você por dentro”, lembrou ele de ter lido em algum lugar.

[6]A mesa estava impecável. Os pratos de porcelana chinesa, decorados à mão estavam ladeados pela prataria brilhante que refletia as luzes da sala de jantar, dando um ar mítico ao ambiente. Na mesa, além dos alimentos que já tinham encantado aos presentes com o aroma de momentos atrás, haviam também batatas souté, arroz com especiarias e uma salada de arpargos e ricota. Tom sorriu. Não comia bem assim a... ele nunca comera bem.
-Quando chegamos, não pude deixar de notar, o belo tapete na entrada. - disse Tom puxando assunto.
-Sim, foi a Mari quem fez, ela gosta de trabalhos manuais nos tempos livres. - comentou Velton servindo-se de mais purê.
-Vi também que tem uma frase... Bun venit... quer dizer?
-Bem vindo. - respondeu Mari descansando o garfo no canto do prato. -Mas não é algo que desejamos para pessoas da sua laia.
-Mari! - exprimiu Velton pelo canto da boca. Harry e Gina riram baixinho.
-Uma hora ou outra vai ter que aceitar os fatos, Sra. Longbotton. A partir de hoje iremos trabalhar juntos em Hogwarts e....
-Iremos trabalhar no mesmo lugar. - interrompeu ela. -É BEM diferente.
-Que seja. É bom que estejamos todos nos dando bem. - insistiu Tom sério.
-Não espere isso de mim. - disse ela encarando-o nos olhos. -É algo inconsebível.
-Mari, Tom, acho que não é o momento certo para discutirmos isso, não acham? - advertiu Harry, antes que algo acontecesse.
-Você está certo, Harry. - disse Tom, contendo-se. -Velton é um homem honrável. E que fez uma escolha infeliz.
As últimas palavras surtiram um efeito devastador. Os olhos de Mari foram mudando de azuis para rosados. Tom sentiu um calor anormal em seu corpo, e logo percebeu que uma fumaça subia debaixo de sua cadeira. E antes que um desastre acontecesse, Velton abraçou a esposa por trás, sussurrando algo em seu ouvido. Os olhos voltaram ao normal e ela sorriu.
-Alguém quer sobremesa? - perguntou ela.

O homem encapuzado mexia um grande caldeirão que borbulhava um líquido cinzento e viscoso. O cheiro lembrava o de meia velha. Ele abriu então o frasco que recebera rentemente, despejando-o todo entro da mistura, que agitou-se vigorosamente com o contato. Um outro homem entrou no cômodo, trazendo nos braços um saco encardido.
-Você demorou demais. - disse o encapuzado.
-As vezes acho que você é saco. Se não fosse parte do plano, já o teria matado. - disse Locker.
-Conseguiu a amostra?
-Sim, eles são fáceis de pegar quando estão enfeitiçados. Ele nem gritou quando eu arranquei seu braço. - respondeu Locker retirando um braço sujo e ensanguentado de dentro do saco e colocando-o de volta. -Leve uma quantidade reserva amanhã. Não sei quanto tempo esse teste vai durar. - finalizou ele dando as costas.
-Um dia, você vai acabar morrendo. Titio.

-O jantar estava delicioso, Velton. - disse Harry indo para à porta abraçado com Gina.
-Temos que marcar um jantar em nossa casa, vocês ainda não a viram depois da reforma. - completou Gina.
-Iremos sim, é só marcar o dia. - respondeu Velton.
-E você também, Tom. - disse Harry já do lado de fora. -Está convidado.
Tom acenou com a cabeça positivamente do sofá onde estava.
-Ah, Velton. - disse Harry. -Tudo pronto para o teste amanhã?
-Sim, já deixei tudo organizado para não termos contratempos. - respondeu Velton animado.
-Ótimo. Bem, Boa noite!
E com essas palavras desaparatou. Tom ainda demorou alguns minutos para partir. Fora forçado a esperar um café feito de muito mal gosto por Mari, a pedido do marido. Ele ainda não podia usar magia, então teria que procurar um lugar para dormir na cidade e então pegar um transporte trouxa para Londres no dia seguinte. Ele recusara o convite para dormir na residência dos Longbotton ao ver o rosto horrorizado de Mari. A lua estava brilhante e majestosa no céu, o que fez o percurso a pé não parecer massacrante. Em alguns dias, Tom Riddle seria o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
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Mensagem por Lord Voldemort Ter Set 13, 2011 3:03 pm

Capítulo sete
O Expresso de Hogwarts

O AMANHECER NA CIDADE DE GLASGOW FOI TRANQUILO. O sol invadiu lentamente o quarto oito da pequena hospedaria no centro. Tom ficou observando o teto por um tempo antes de criar coragem para deixar a cama. Embora não fosse um lugar luxuoso e requintado, era aconchegante e muito confortável. Ele se ajeitou de forma a ficar mais um tempo sentado, recuperando as energias necessárias para se levantar por completo. E então rumou para o banheiro. Dentro de algumas horas, o expresso para Hogwarts iria partir. E ele ainda precisava chegar à Londres. “Detesto aviões”.
Ele poderia facilmente ter esticado as pernas, tomado café, lido um livro e respirado um pouco mais dos ares escocêses, mesmo porque o caminho de Glasgow até Hogwarts era pequeno, e ele faria em poucos minutos. Mas suas coisas estavam em Londres, e ele ainda precisava passar pelo Beco Diagonal e comprar roupas novas. Por um momento ele desejou muito um vira-tempo.
Tom não tomou café, isso demoraria mais do que ele poderia ficar e com certeza atrasaria seus planos. Não recebera nenhuma informação do ministério depois da audiência o que aumentava a ansiedade. “Harry deve saber de tudo” - repetia para si mesmo. A quilômetros dali, um caldeirão borbulhava.

Do lado de fora do casarão apodrecido, o tempo rugia. Raios rasgavam o céu assustadoramente. Dentro haviam dois homens, Locker e um outro encapuzado.
-Hoje damos início à nova frente evolutiva do mundo da magia. - disse o homem encapuzado segurando o que parecia ser um braço humano. -O legado dos Oddesh será perpetuado.
[8]Ele soltou o braço dentro de um caldeirão que continha uma mistura acinzentada e viscosa. Com isso, a mistura mudou para um tom esverdeado e incrivelmente nojento. A poção polissuco fedia a ovo podre.
-Hodie renascitur orbis! “Hoje o mundo irá renascer!” - bradou ele enquanto a poção borbulhava ferozmente. -Sum initium et finis! “Eu sou o princípio e o fim!”
E com essas palavras, meteu a mão dentro do caldeirão fervente e tomou uma porção retirada com a própria mão. Em segundos a transformação começou. Ele diminuiu de tamanho, fazendo com que suas roupas caíssem. O corpo nú e pálido foi ganhando uma cor mais humana e cabelos cresceram por cima da cabeça lisa. Os olhos amarelos enegreceram-se e ficaram castanhos. Adrian Oddesh agora era Gary Cousen, um desconhecido aluno do quinto ano.
-Vamos, não posso me atrasar. - disse ele vestindo-se com roupas menores e que lhe davam um ar estudantil.

Harry sangrava. Do lado, em cima da mesa, os pedaços do que outrora fora uma pena muito bonita com uma ponteira de metal, agora destruída. Entre ele e os restos da pena, um pedaço de papel, com sua caligrafia fina e torcida para a direita, borrada em respingos de sangue.
-Droga! - repetia ele apertando a ponta do dedo para estancar o sangue.
Do quadro maior dentre demais da sala, Dumbledore o observava. Mesmo quando o que sobrara dele era um retrato animado em uma pintura, o bruxo velho de aparência bondosa ainda tinha sábios conselhos.
-Alguma coisa errada, Potter? - disse ele do quadro.
-Essa... pena... veio com defeito. - respondeu ele de imediato.
-Nós dois sabemos que não foi isso que eu perguntei. - contrapôs Dumbledore.
Harry o fitou por um tempo. Já se acostumara à pedir conselhos aos quadros da sala de direção da escola, mas pensava que conseguiria resolver aquele problema sem ajuda. Mas era óbvio que não.
-Tom Riddle. - disse Harry desanimado. -Eu... eu acredito nele, na mudança dele... mas me pergunto se fiz a coisa certa.
-Você deu uma segunda chance à pessoa que você mais odiava. - respondeu Dumbledore exprimindo um sorriso. -Isso é o ato mais nobre que alguém poderia fazer. Eu não discordo da sua decisão.
-Esse é o problema, professor. - disse Harry com veemência. -Eu sempre decido as coisas. E eu não bom em aceitar algumas consequências. Me pego pensando se realmente deveria ter aceitado este cargo.
Dumbledore o observou de cima a baixo, como se fizesse uma análise completa. Depois retirou os oclinhos de meia-lua e os limpou com a dobra das vestes. Recolocou-os no rosto e só então voltou a falar.
-Você se lembra do que eu disse à você, no dia que ocupou este cargo pela primeira vez?
Harry esvaziou a mente e remexeu os pensamentos, voltando naquela tarde.

A sala estava vazia, a não ser por um homem de cabelos escuros e bagunçados. Algo normal para quem o conhecia. Ele observava cada canto do ambiente, prestando atenção nos detalhes. Estivera ali muitas vezes no passado, em diversas situações. Mas nenhuma se comparava à aquela. A partir daquele dia, Harry Tiago Potter seria o novo diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
As paredes exibiam diversos quadros animados, com os diretores anteriores. A maioria mostrava seus ocupantes dormindo ou lendo. Alguns poucos estavam vazios. Mas um deles se destacava. Não por ser o maior de todos, ou por estar estratégicamente atrás da mesa do diretor. Em baixo do quadro, uma plaquinha dourada exibia “Alvo Dumbledore, o maior de Hogwarts”. Era ele. A lenda.
-Não está do seu agrado, Harry? - perguntou Dumbledore do quadro.
-Não professor, está perfeito. - respondeu ele com a voz grave. Harry já não era mais um garoto. -Só estou relembrando.
Dumbledore sorriu.
-Passamos por muitas coisas juntos aqui, não é?
-Sim. - respondeu Harry. -É difícil esquecer de cada detalhe.
-Harry, você se tornou um bom homem e um bruxo excepcional. - disse Dumbledore agora num tom sério. -Acredito que possa falar com você de homem pra homem. Dirigir não é uma tarefa fácil. Você terá que tomar decisões importantes, e as vezes fazer escolhas que não irá gostar. Mas acima de tudo, o bem estar do mundo bruxo deve ser preservado.
Harry ouvia cada palavra como um paradigma. Ele nunca dera-se bem com regras, mas como autoridade sobre os alunos, deveria mostrar um modelo a ser seguido.
-Não consigo esconder nada do senhor, não é? - disse Harry rindo. -Obrigado, professor. Eu precisava ouvir isso.

-As vezes deixo a insegurança falar mais alto que a razão. - disse Harry altivo. -Mas me arrisco a dizer que sempre recupero a lucidez antes de cometer uma besteira.
-Tenho certeza disso. - concordou Dumbledore.
-Ainda bem que não sou dono do tempo. Assim ele cuida das coisas futuras.
Harry jogou fora o papel, abriu a gaveta e retirou a varinha. Com alguns movimentos, retirou as manchas de tinta e sangue da mesa e rumou para a porta.
-Por um momento quase me esqueci de quem me deu essa pena.
E saindo pela porta, desapareceu.

O Expresso de Hogwarts partira no horário, como sempre. A viagem não demoraria como a que levava os estudantes no fim de agosto, mas era longa o suficiente para Tom terminar de ler seu livro. A cabine onde ele estava permanecera vazia a viagem toda, exceto por ele. O que era normal, já que os ocupantes do trem o encaravam como uma ameaça ou uma doença contagiosa. Nem mesmo a senhora que vendia docer entre os vagões se aproximou dele. Mas Tom não ligava. Aprendera que aquilo fazia parte do seu castigo. Tateou o bolso reconferindo se o dinheiro recém tirado do Gringotes ainda estava lá e por fim, concentrou-se na leitura.
Na altura que o trem cortava as terras, o ar ia mudando, ficando mais puro e fresco, diferente do abafado das cidades. De longe podia-se ver a escarpa que cobria a vista de alguns montes. A vista era explêndida e inspiradora. Mas algo no trem estava prestes a chamar mais atenção.
Quando Tom fechou seu livro para procurar algo de comer, dois vultos passaram pela porta, desviando seu olhar. Um garoto franzino, de cabelos desarrumados e uma cara de poucos amigos estava acompanhado de um homem alto, cujo rosto exibia muitas cicatrizes. Eles se sentaram no final do trem. Assim que o garoto viu a cabeça de Tom para fora da cabine o observar, ele fechou a porta rapidamente. A cena deixou Tom intrigado. No último vagão, Adrian e Locker conversavam.
-Você viu quem está no trem? - disse Adrian.
-Voldemort. Ou melhor – continuou Locker se corrigindo. -Tom Riddle. Ele não passa de um ninguém agora. E pensar que eu o respeitava.
-Pra mim ele sempre foi um covarde. - disse Adrian. -E ele continua envergonhando o sangue bruxo. Primeiro por ser mestiço e segundo por estar do lado do ministério.
-Mas se olharmos por esse lado, ele estaria do nosso lado, já que o ministério...
-Cale a boca, seu inbecil! - disse Adrian com rispidez numa voz quase inaudível. -Quer que alguém descubra o que estamos fazendo?
-Se você não fosse meu sobrinho, já estaria morto. - repudiou Locker.
-Se você tivesse me ensinado tudo o que eu preciso saber, VOCÊ já estaria morto.
Tom apertava os ouvidos contra a parede da cabine para tentar ouvir alguma coisa, mas o barulho natural do trem o impedia. Vendo que seria algo inútil e sem sentido, ele desistiu, voltanto a ler.
-Segundo o Profeta Diário, ele vai dar aulas em Hogwarts. - continuou Locker.
-Contanto que ele não fique no meu caminho.
-Seria bom você fazer amizade com os professores, eles podem ser úteis. E nosso número ainda é pequeno.
-Eu sei. Mas vou tentar cuidar do nosso amigo sozinho. Se não conseguir, partimos para o plano B. - finalizou Adrian. -Agora cale a boca, preciso meditar. Você fala mais que aquela maldita do outro vagão.

O sol estava fustigante quando o trem encostou na estação de Hogwsmead. Tom apertou os olhos pela janela em busca de uma figura conhecida. Não encontrando ninguém, ele pegou sua mala e desceu, atravessando a plataforma para a área de bilhetes. Lá estava Harry à sua espera, acompanhado do professor Velton.
-Bem vindo à Hogsmead, Tom. - disse Harry sorrindo. -Essa é sua bagagem? - continuou apontando para a mala que ele trouxera.
-Sim. - respondeu ele. -Como vai, Velton?
-Bem! - respondeu Velton animado. -Como passou a noite?
-Tudo tranquilo. A propósito, adorei a Escócia, é um país encantador.
-Vamos Tom, temos uns assuntos para tratar. - disse Harry começando a andar.
-Não virá conosco, Velton? - perguntou Tom.
-Tenho uma coisa pra fazer Tom, nos vemos mais tarde.
Ele teve tempo de ver o homem de cicatrizes e o garoto iniciarem uma conversa com Velton, antes que Harry o puxasse para dentro de uma pequena sala na estação. Dentro não havia mais ninguém, apenas alguns arquivos e papéis espalhados.
-O que estamos fazendo? - perguntou Tom apreensivo.
-Indo para Hogwarts. - respondeu Harry segurando firme no braço dele.
Com um barulho de uma explosão seca, os dois corpos juntamente com a bagagem foram projetados para frente, e depois numa sensação de queda livre eles apareceram dentro do grande salão. Tom ainda tonto sentou-se no chão para se recuperar.
-Pensei... que não... se pudesse aparatar em Hogwarts. - disse ele ofegante.
-Bem, eu tenho meus privilégios. - respondeu Harry ajudando Tom a se levantar. -Venha, vou levá-lo aos seus aposentos.

No caminho para o castelo, Adrian pensava nas coisas que deveria se lembrar, para que sua identidade não fosse revelada. Depois daquela tarde, o primeiro passo para o novo mundo estaria dado, e ele transformaria seu sonho em realidade. Um mero capricho do destino.
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potter - Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação] Empty Re: Harry Potter e o Signo da Morte [Aventura/Ação]

Mensagem por Lord Voldemort Sex Set 23, 2011 9:35 am

Capítulo oito
O novo ministro

A SALA DAS AULAS DE FEITIÇOS ESTAVA VAZIA, exceto por três ocupantes. Um deles sentado em uma carteira realizando um tipo de teste, e os outros dois observando-o de longe. Gary Cousen ia de uma questão para outra rapidamente, deslizando a pena sobre o papel, deixando para trás linhas e linhas de respostas intermitentes. Velton dedicava-se a pequenas conversas com o tio, Brendon e as vezes alguns olhares para o garoto. Com meia hora, ele terminou o exame teórico.
Velton pegou o pedaço de papel e conferiu as respostas na hora, colocando suas observações de acordo com a necessidade. Gary fora aprovado na primeira parte do teste. Bastava saber agora, se ele tinha talento ao portar uma varinha.
-Iremos fazer três turnos práticos. - disse Velton. -O primeiro será uma demonstração de feitiços básicos. Depois um teste de defesa. E por fim um teste de ataque.
Gary sentiu um arrepio ao ouvir sobre o último teste. Era a oportunidade para ele começar a trabalhar seus ideais.

-Quem eram aqueles dois na estação? - indagou Tom colocando a mala dentro do micro quarto na sala de aula.
-O garoto quer se transferir para Hogwarts. - respondeu Harry entregando outra mala para Tom guardar. -Velton o está avaliando, se ele realmente pode continuar no mesmo nível ou se terá que voltar um ano.
-Achei que você fazia esse tipo de coisa. - disse Tom curioso.
-E geralmente é. Mas hoje tenho outras coisas pra cuidar, e tenho plena confiança no Velton.
-Eu não quero parecer curioso demais nem tendencioso, mas... achei eles muito estranhos. - disse Tom aparentemente preocupado.
-Vivemos no mundo da magia onde quase tudo é estranho, Tom. - respondeu Harry secamente. -Achei que sabia disso.
Tom não disse mais nada. Era evidente que algo estava estranho. Mas não com Velton e os visitantes. E de todas as ações possíveis, ele fez a mais sensata. Nada.
-Este será o seu quarto, até encontrarmos um lugar maior – disse Harry da porta. -Vai ficar bastante tempo nesse lugar, entre as aulas, dormir e ficar no seu escritório. Então eu recomendo que saia pra andar um pouco durante a noite, ou nos intervalos.
-Certo, farei isso. - respondeu Tom largando-se na cama. -As aulas começam na segunda, né?
-Sim. - disse Harry preparando-se para sair. -Mas no domingo temos o jantar de boas vindas, e é claro que você tem que estar lá.
-E vou estar. - finalizou Tom. -Só não sei quanto tempo vou durar lá.
Harry esboçou um sorriso.
-Bem, não descanse ainda, temos que ver uma pessoa.

O escritório do Ministro cheirava à fumo barato. Eram raras as vezes que ele precisava recorrer ao antigo vício. Se bem que não poderia ser chamado de vício, algo que se faz apenas em casos extremos. Mas ele não se importava. Aliás, não se importava com mais nada. Sua vida estava em cheque.
Sentado numa poltrona larga perto da mesa, um outro homem encarava o ministro, que mais parecia uma chaminé, olhando pela janela. O homem tinha aparência jovem, da casa dos quarenta anos, pele ainda viçosa e olhos ligeiramente cinzas. Os cabelos curtos os deixava ainda mais novo. Apenas o nariz torto deixava o rosto assimétrico. Usava um terno recortado preto com botões prateados e uma bengala com um cristal na ponta superior.
-Isso está demorando mais que o necessário, senhor ministro. - disse o homem calmamente.
O ministro se virou. Suava e parecia estar preocupado. Mas volta e meia fechava a cara, mastigando o bocal do cachimbo.
-Certas coisas levam um tempo para acontecerem, Modorus. - disse o ministro voltando a olhar pela janela. -Ele que espere.
Modorus riu. Sabia que ele não iria esperar.
-Você sabe o que acontece se o desobedecer, não sabe? - indagou Modorus com desdém. -Ou já se esqueceu do velho Horace?
-Não precisa me lembrar. - respondeu o ministro com um tom nervoso. -Aquele cretino... transformou a mim num mero fantoche. Eu recebi prêmios, ganhei fama e pra quê? Pra depender das vontades de um molequinho?
-Bem, eu só vim trazer um recado. - finalizou Modorus se levantando. -Esvazie a sala ainda hoje, quero começar a trabalhar amanhã mesmo.
E saindo pela porta, desapareceu. Segundos depois, o ministro arremessou a poltrona contra a porta, despedaçando-a. Por fim, pôs-se a encaixotar suas coisas.

-Estupefaça! - disse Gary apontando a varinha para um saco de areia que vinha voando em sua direção.
-Muito bem! - gritou Velton de longe. -Agora entre na defensiva!
Defensiva? Aquilo era pedir demais. Gary odiava defender, preferia atacar.
-Protego! - disse ele sem vontade quando outro saco de areia se aproximou e esbarrou em um escudo invisível, caindo gentilmente no chão logo em seguida.
-Seu sobrinho domina muito bem a maioria dos feitiços. - disse Velton para o Sr. Cousen. -Quem o ensinou, fez um bom trabalho.
-Gary é um jovem muito dedicado. - completou Brendon. -E muito participativo também. Os antigos professores dele sempre o chamavam para responder perguntas nas aulas.
-Interessante. Os professores daqui gostam disso.
-E por falar nisso, soube que Voldemort vai lecionar aqui. Como vão funcionar as aulas dele?
Velton parou, pesando cada palavra. Só então respondeu.
-Sinto muito, mas isso é um assunto da escola do qual não estou autorizado a divulgar.
-Tudo bem, eu entendo. - respondeu Brendon. A decepção era visível.
Velton sinalizou para que Gary viesse até eles. O garoto tirou o suor da testa com as mãos e se aproximou.
-O teste acabou, vamos entrar.

A sala do diretor já estava ocupada quando Tom e Harry entraram. Um velho de estatura baixa e cabelos curtos muito brancos estava observando os quadros dos antigos diretores. Ele fez um gesto de reverência ao ver Harry. Mas não cumprimentou Tom.
-Este é Arthur Olivaras. - indicou Harry. Tom fez um aceno de cabeça que não foi retribuído. -Ele foi indicado pelo ministério para confeccionar uma varinha para você, Tom.
O homem foi até a mesa e pegou uma caixinha de madeira. Depois entregou-a para Tom, afastando-se logo em seguida. E então, falou.
-Devido ao selo supressor de magia no seu corpo, tive que confeccionar uma varinha com poder mágico próprio. Foi muito difícil, mas por fim, ela funciona. Use-a como se fosse realizar um feitiço normal. Mas lembre-se, ela também é selada. Você não conseguirá atacar ninguém com ela e muito menos usar qualquer uma das três maldições imperdoáveis.
Tom abriu a caixa. No lado de dentro havia uma etiqueta com o símbolo do ministério. A varinha era de uma cor marrom claro, com o cabo levemente abaulado.
-Teixo, 26 centímetros, pêlo da cauda de um unicórnio. - finalizou Arthur. -Só para deixar isso claro.
-Obrigado Art. - agradeceu Harry acompanhando o homem até a saída.
-Cuide bem da minha varinha, Sr. Riddle. - disse ele antes de fechar a porta.
Harry se virou e viu Tom ainda parado, olhando para a varinha.
-Tom?
-Há. Já faz tanto tempo que nem me lembro como se usa. - disse ele. -Que vergonha, um professor com medo de usar uma varinha.
Harry deu um tapinha em suas costas.
-Não se preocupe, você vai saber o que fazer na hora certa...
Ele não terminou a frase. Uma coruja apareceu do lado de fora, obrigando Harry a abrir a janela. Ela entrou trazendo um exemplar do Profeta Diário cuja manchete podia ser vista de longe. A edição extraordinária do jornal estampava: “Extra! Extra! Alifah Houdörn renuncia! Modorus Alffteng é o novo Ministro da Magia!”
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Mensagem por Lord Voldemort Qui Set 29, 2011 2:21 pm

Capítulo nove
Tom, o professor

O ESTÔMAGO FRÁGIL DE TOM RIDDLE DOÍA INCONTROLAVELMENTE NAQUELA TARDE. Parado enfrente ao espelho por pelo menos meia hora. ele tentava encontrar uma roupa adequada para o banquete de boas vindas aos alunos. E além disso, seria sua apresentação para o resto da escola, e aquilo tudo o corroia intensamente.
O sol pintara gentilmente o céu de laranja e rosa, e do outro lado, a lua já vinha tingindo o céu de azul escuro. O firmamento estava uma obra de arte magnífica. Mas o nervosismo era tanto, que Tom nem se quer prestou atenção nisso. Trocou de roupa pela sexta vez, e vencido pelo cansaço, jogou-se na cama, olhando fixamente para o teto. E seu estômago dando pontadas doloridas a cada segundo.

Quando expresso de Hogwarts parou na estação, nada se falava a não ser da presença do novo professor. Só de ouvir que Aquele-que-não-devia-ser-nomeado estaria no meio deles, muitos ficaram temerosos de descer. Mas foram forçados quando a sirene do trem tocou e os expulsou de dentro.
Madame Persydde os chamava, apressando-os. Era uma senhora de meia idade, com uma aparência bondosa mas uma voz firme. Seus olhos azuis muito claros ficavam as vezes ocultos pelos oclinhos miúdos. Quando todos os novatos estavam acomodados, ela despachou os barcos, voltando para a estrada que levaria os demais alunos. Os Testrálios estavam prontos para partir, apenas aguardando as ordens. Assim, uma a uma as carruagens foram se deslocando em direção ao castelo.
-Aaaaaah! Que saudade eu estava da comida daqui! - disse um jovem de pele muito branca. -Tomara que tenha pudim.
-Francamente, Yan. Você só pensa em comida? - disse uma garota loura de olhar altivo.
-Melhor do que ficar tentando encontrar um namorado. - contrapôs ele. -O que você ainda não conseguiu, não é, Lilly?
-E desde quando isso é da sua conta?
-Ora, parem vocês dois. - disse uma outra garota, ruiva e atraente. -Nem chegamos e vocês já estão brigando.
-Mas foi ele que começou, Eve! - informou Lilly trocando de lugar.
-Garotas, são sempre o mesmo conteúdo em edições diferentes. - respondeu Yan fechando a cara.
E não houve mais conversas até a chegada em Hogwarts.

O grande salão estava muito bem iluminado. As velas flutuantes espalhavam a luz para todos os lados. O céu encantado no teto exibia uma noite tranqüila e estrelada. Algumas pessoas já estavam presentes, alguns professores, funcionários e os fantasmas já passeavam pelas mesas, ainda vazias. No fundo da sala, a mesa dos professores fora esticada, para comportar o novo corpo docente. Dois professores, além de Tom, estavam estreando em Hogwarts.
Quando o relógio marcou sete horas, os alunos já estavam entrando e se acomodando. Minutos depois a cerimônia de escolha dos novatos começara. Aquele fora o primeiro ano em que a Sonserina ficara em desvantagem. Apenas dezesseis alunos foram escolhidos pela casa, o que desagradou a mesa da Sonserina, que resmungava em protesto.
-Quem é o menino novo? - perguntou Yan na mesa da Corvinal apontando para um garoto na mesa da Grifinória. -Não me lembro dele.
-Aquele é Gary Cousen, ele veio transferido. - respondeu Lilly sem olhar.
-Espero que ele seja bom em quadribol, ou a Grifinória vai perder pra gente de novo esse ano! - disse ele em deboche.
-Vocês dois falam demais, sabia. - disse Eve entediada. -E isso só torna essa noite ainda mais chata.
-E a gente tem culpa do seu tédio? - argumentou Yan, mudando de assunto rapidamente. -Ai que demora, quero logo me empanturrar de comida!
Quando o último novato foi escolhido para a Lufa-Lufa, Harry se levantou da mesa dos professores e ocupou seu lugar no frente ao grande salão. Ele deu uma boa olhada antes de começar a falar.
-Bem vindos de volta meus velhos amigos! - disse ele com entusiasmo. -E bem vindos, novos amigos! Este ano será repleto de coisas boas e de muito aprendizado. Devo lembrar-lhes que as regras continuam as mesmas. E devido à reclamações, as regras foram afixadas nas suas Salas Comunais, assim não demoramos mais que o necessário nessa noite. Antes de iniciarmos o banquete gostaria de anunciar algumas mudanças no nosso corpo docente. Como podem ver, temos três novos professores este ano.
O salão ficou completamente mudo. Afinal todos viram novas pessoas na mesa dos professores, mas pela distância e pela ausência parcial de luz, os rostos não podiam ser compreendidos. Mas se os boatos fossem verdadeiros, Ele estaria lá.
-Dêem as boas vindas à Fineus Bonghinton, o novo professor de Estudo dos Trouxas. - disse Harry em voz alta.
Da mesa dos professores, um homem baixo e mirrado, com bigodes lisos se levantou e fez uma reverência. Houve uma salva de palmas um tanto rápida, dado que a maioria dos alunos não gostava dessa matéria.
-Também cumprimentem o novo professor de Aritmancia, Carl Souroyer. - disse Harry na mesma empolgação.
Mais aplausos quando um outro homem, dessa vez bem alto e com um ar superior se levantou. A Mesa da Corvinal parecia estar familiarizada com ele, por permanecera mais tempo nos aplausos. Ou então eles não perceberam a hora de parar.
-E por último, mas não menos importante, vamos dar as boas vindas ao novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor Tom Riddle!
O salão inteiro se calou. Nenhum se ouviu a não ser o das palmas solitárias do diretor. Nem mesmo a mesa da Sonserina ousou aplaudir. Tom, que havia se levantado conseguiu ficar rosa de vergonha, e rapidamente se afundou na cadeira, desaparecendo momentâneamente.
-Ora, ora, mas o que é isso? - disse Harry indignado. -Tenho certeza que podemos fazer melhor do que isso!
Forçados a executar aquela ação, eles batiam as mãos descompassadamente, sem ritmo e vontade. Já era exigir demais.
-Pois bem, vamos comer.
E magicamente, as meses se encheram de comidas de todos os tipos e sabores.

-Como será que deve ser? - perguntou Yan com a turma da Corvinal subindo as escadas.
-Como será que deve ser o que? - contrapôs Lilly.
-Uma aula... com Ele. - respondeu o garoto.
-Uma como qualquer outra. - interveio Eve. -Chata e sem graça. Só espero que tenhamos mais ação.
-Vocês não tem medo de um assassino vir nos ensinar? - perguntou uma garota morena que vinha logo atrás.
-E porque teríamos medo, Mille? - respondeu Eve com outra pergunta. -O próprio diretor confia nele. Não temos razão pra nos preocupar e...
-Menos conversa e mais velocidade vocês ai em cima! - berrou um menino mais velho logo atrás. Os monitores das casas estavam atipicamente mais chatos naquele ano.
-Ah, Elton, está cada ano mais chato hein! - disse Eve em protesto.
-Cuidado como que fala, Evelyn, posso não ser bonzinho com você! - disse ele desafiando.
-O que? Não consegue derrotar nem um segundanista num duelo e quer me desafiar? - disse ela virando-se para encarar o menino. Ele estava furioso.
Enquanto a maioria continuava subindo, outros permaneceram ouvindo a discussão que mais tarde foi interrompida por um dos professores, obrigando à todos a irem para suas camas. O próximo dia seria cheio e exaustivo. Era o amanhecer em Hogwarts que estava para acontecer.

Deitado na cama, Gary Cousen pensava alto. Sua mente tinha, além dos demais dons, a habilidade de pensar muito rápido. E ele adorava o fato de que estava cada vez mais perto do seu objetivo. Aguentar algumas aulas seria um preço justo a ser pago pela liberdade que ele almejava.
“Só preciso aguentar alguns mêses.” - disse ele para si mesmo. “ E então tudo será perfeito, do jeito que precisa ser. Do meu jeito”.
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Mensagem por Lord Voldemort Ter Dez 20, 2011 9:03 am

Capítulo dez
A magia oculta nos olhos


A MANHÃ DA SEGUNDA FEIRA NÃO PODERIA TER SIDO MENOS PROBLEMÁTICA. Os novatos, perdidos com a primeira aula e a localização das salas estavam bloqueando a maioria das passagens. Perdidos entre os estudantes, os monitores labutavam para manter o controle da situação, mas era praticamente impossível. Logo alguns professores começaram a surgir para ajudar a controlar o tráfego. E assim, com mais de meia hora de atraso, os alunos finalmente alcançaram os destinos.
Yan se acabava em um prato repleto de wafers de baunilha com mel. Do seu lado, Lilly tentava ler a edição do dia do Profeta Diário. Mas regularmente lançava olhares de censura para o amigo. E as vezes confirmava o estado físico dele. “Como pode ser tão magro comendo desse jeito?”
No jornal, a manchete principal exibia os dizeres “Novo ministro assume cargo hoje ao meio dia”. No grande salão jaziam apenas o quinto ano da Corvinal e Grifinória, que teriam as aulas da manhã juntos. Evelyn rabiscava alguma coisa em um bloco de papel, quando parou para observar o garoto novo da outra casa.
-Já viram como é sinistro aquele garoto novo? - disse ela baixinho. -Ele não se misturou com ninguém até agora.
-Acho que ele precisa de um empurrão! - disse Yan com a boca cheia. -Vamos lá falar com ele depois.
-Melhor esperar. - disse Lilly baixando o jornal e observando o garoto. -Estudando o perfil dele, pude notar que é do tipo que toma a iniciativa. Se nós fizermos isso, estaremos invadindo o território dele.
-Veja só, já tem a ficha completa do garoto! - disse Yan debochando. -Será que ele também vai te dar o fora?
-Quietos vocês dois! Temos outra coisa para nos preocuparmos agora. - interrompeu Evelyn virando a folha que estava rabiscando. Quando os dois olharam a escrita, seus olhos saltaram, e uma expressão de preocupação invadiu seus rostos.
No pequeno pedaço de papel, estava o horário das aulas da semana. E logo a primeira aula daquele dia, era Defesa Contra as Artes das Trevas.
-Tem certeza que copiou o horário direito? - perguntou Yan afoito. -Porque logo a gente...?
-Melhor assim. - disse Evelyn. Pelo menos enfrentamos o problema de uma vez e ficamos livres mais cedo.
-Tenho pena das pobres almas que ficaram de detenção com ele-que-não-devia-mais-ser-nomeado.
-Ora, pare com isso Lilly. O nome dele agora é Tom Riddle. - disse Evelyn em voz alta.
As pessoas que ainda estavam no grande salão a encararam. Olhares censurantes e reprovativos vieram de todos os lados, todos mirando na garota, que logo ficou ligeiramente corada.
-Melhor sairmos daqui, preciso me preparar psicologicamente. - disse Lilly. -Vou para o salão comunal. Alguém me acompanha?

No alto da torre norte, um homem andava de um lado para outro, apreensivo. Harry observava Tom, suando e resmungando enquanto andava em círculos pelo quarto apertado.
-Acalme-se, Tom. - disse Harry pela sexta vez. -Tudo vai sair perfeitamente. Tenho certeza de que não acontecerão problemas na aula.
-Pra você que já passou por isso inúmeras vezes é fácil dizer. - respondeu Tom. -Ainda dá tempo de desistir?
Harry riu.
-É claro que não. Vamos. - disse ele passando a mão pelo ombro e o empurrando para fora do quarto. -Vamos descer e recepcionar os alunos.

Agora sozinho na mesa da Grifinória, Gary se concentrava em coisas que ninguém sabia, nem fazia questão de saber. Ele era um adolescente como todos os outros, absorto em seus pensamentos, incapaz de se misturar com os demais. Nada de diferente. Mas, ao contrário de todas essas teorias, Gary não se via sozinho. Era apenas uma questão de tempo até que ele reunisse seguidores.
Quando o relógio marcou nove horas, ele reuniu o material que estava sobre a mesa e rumou para a torre da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. No caminho, ele ia percebendo os inúmeros olhares para ele, vindo de todas as direções como se ele fosse diferente de todos. E assim ele se julgava. Ninguém era igual a ele. Ninguém podia ser igual a ele.
Quanto ódio ele sentia. Queria destroçar todos eles, um a um. Eliminá-los de forma a causar o máximo de dor possível. Mas não. Por hora ele deveria se conter. Agir como um bruxo qualquer, e até mesmo usar algo tão fraco quanto uma varinha.
“Tolos, fracos e idiotas. Precisam de algo tão primitivo quanto uma varinha para expressarem seus poderes” - repetia ele sempre para si mesmo. “O meu dom irá julgar todo esse lixo do mundo mágico. Não podemos coexistir.”
Quando a porta da sala podia enfim ser vista, um aglomerado de alunos se formara no caminho. Ninguém ousava entrar, muito menos bater na porta. Todos estavam em silêncio absoluto, apenas aguardando que algo acontecece. Se bem que a maioria preferia estar em outro lugar. Aquilo já era demais, pensou Gary. “São todos covardes”. E no momento em que ele se esgueirou entre os demais estudantes, a porta da sala se abriu, e o Prof. Harry enfiou seu rosto conhecido para fora.
-Mas o que estão fazendo ai? - disse ele atônito. -Venham logo para dentro!
Ele permaneceu ali, imóvel, até que todos tivessem entrado e se acomodado. Gary, que parara no exato momento em que o diretor apareceu, fora o último a entrar na sala. Lá dentro, as janelas estavam abertas, deixando a brisa fresca da manhã entrar. E no canto perto de uma mesa antiga e desgastada em alguns pontos estava Tom Riddle. Seus olhares se cruzaram momentâneamente e Tom percebeu uma certa hostilidade no olhar do garoto. Mas, como era de se esperar, ele apenas ignorou, tomando como uma visão falsa causada pelo nervosismo. Logo Harry já estava dentro da sala com todos.
-Bem, como foi dito ontem no jantar, o Prof. Riddle irá ministrar as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. - começou ele. -Como todos se lembram, este homem já fez muitas coisas erradas na vida. Mas ganhou o direito de ter uma segunda chance e aprender com seus erros. E vocês irão aprender juntamente com ele. Sua visão de batalha, seus movimentos, seu estilo de combate. Tudo deve ser aproveitado. Não pisquem! Não percam um detalhe! Mas acima de tudo, tratem-no com respeito. Boa sorte!
A saída dele gerou nada menos que muitos cochichos. A única garantia de segurança deles estava saindo porta afora. Seus corações agora batiam acelerado. Ninguém ousava dizer uma palavra. Foi então que Harry enfiou a cabeça dentro da sala.
-Antes que todos vocês explodam de medo, a sala está monitorada por aurores e não haverá nenhum problema da parte do professor. A menos que alguém dentre vocês o mate. - disse ele rindo, mas logo se recompondo, visto que ninguém achara graça. -Bem, é isso. Boa aula para vocês.
Um silêncio mortal e angustiante se prolongou por quase cinco minutos. Tom os observava temeroso de que pudesse falhar ou não conseguir atingir os objetivos. Os alunos olhavam de si mesmos para ele, sem nem respirar direito. Aquilo era uma tortura para ambos. E se continuasse assim, a aula seria um desastre.
-Bem... - disse Tom quebrando o silêncio. -Já... que vocês estão no quinto... ano... porque não começamos com uma r-revisão?
O silêncio por parte dos alunos ainda continuava. Tom agora suava, deixando a pele levemente rosada com um brilho incomum. Quando ele ia tornar a falar, uma aluna da corvinal levantou a mão. Ele fez sinal para que ela falasse.
-Poderíamos começar com os feitiços defensivos. - disse Evelyn. -Estes ainda precisam de mais treino. É o que eu acho.
-Boa idéia, senhorita... - disse ele se animando.
-O'Brian. Evelyn O'Brain.
-Isso. Muito bem! - disse ele rindo. Os dentes não estavam mais amarelos.
Ele foi até o fundo da sala e trouxe um boneco de treinamento. Os alunos estavam habituados com ele. Porém estava mais assustador que nunca.
-Quem gostaria de começar? - perguntou ele. Logo percebeu que ninguém se quer respirava, para não ser chamado. Então a garota de logo mais se adiantou até a frente da sala.
-Eu não sei quanto a esses covardes, professor. Mas estou disposta a aprender com o senhor. O senhor foi uma lenda, mesmo que errado. - disse ela rapidamente atropelando as palavras. Parecia que ela tinha variações de humor, de coragem a covardia em poucos instantes. Mas mantia-se firme.
-Certo, certo. Bem, podemos começar com os feitiços defensivos? - perguntou Tom.
A garota moveu positivamente a cabeça e se posicionou frente ao boneco, que agora levantava magicamente o braço, apontando para ela sua varinha.
-Expelliarmus! - disse Eve com firmeza.
Uma luz amarela e semi-transparente saiu de sua varinha e atingiu a mão do boneco, que soltou a varinha. Um feitiço bem executado.
-Parabéns, Srta. O'Brian. Dez pontos para a Corvinal! - disse Tom.
O resultado fez com que o clima mudasse. Logo a mente mesquinha de alguns começou a calcular, que, se para cada acerto eles ganhassem pontos, logo a Corvinal ganharia a taça das casas sem fazer mais nada. Rapidamente eles formaram uma fila, que logo foi acompanhada pelos alunos da Grifinória. E assim, um a um eles foram treinando, acertando o boneco com os feitiços defensivos, e ganhando pontos para suas casas. Pobres meninos, nem sabiam o que iria acontecer mais à frente.
-Muito bem, meus caros. Hora de apertarmos mais as coisas. Formem duplas, ataque e defesa. Que tal?
Não era surpresa que ninguém respondeu nada, o que deixou Tom ainda mais desconcertado. Mas mesmo assim os alunos fizeram as turmas. E por sobra, Yan acabou ficando com o aluno novo.
-Certo, podem utilizar apenas feitiços defensivos e feitiços de ataque simples. Não queremos ninguém ferido aqui, não é? - disse ele. -Podem começar.
Atacar bonecos era fácil. Estavam fisicamente incapacitados e não se moviam direito. Mas pessoas são diferentes. Elas esquivam. Elas intimidam. A situação realmente mudara. Aluno contra aluno era mais difícil do que se imaginava. Mas ninguém desistia. Todos estavam tentando se concentrar ao máximo. Alguns até se divertiam.
-Olá, meu nome é Yan. - disse ele se apresentando. -O seu é Gary, não é?
-E o que te importa? Prefere conversar do que treinar? Ótimo. Fique parado e sofra.
Com um giro da varinha, um feixe de luz violeta disparou na direção de Yan, que rebateu bem a tempo.
-Feitiço não verbal? - disse ele atônito. -Isso é magia de alto nível. Onde aprendeu?
-Ora não me faça rir! Estupefaça!
-Protego! - respondeu Yan. Mas a força do ataque fora um tanto maior, quase o fazendo perder o equilíbrio. E rapidamente contra-atacou. -Expelliarmus!
Gary agitou a varinha como se fosse algo comum e o feitiço se dissipou no ar. Yan estava ficando vermelho.
-Vai precisar mais do que isso para me atingir, garotinho. -Axteris!
Um feixe de luz azul disparou e acertou Yan no estômago. A força do feitiço fez ele voar longe. Mas não foi o suficiente para Gary, que logo foi andando entre os demais alunos em direção a ele. E apontando a varinha o paralisou.
-Acha mesmo que isso aqui é brincadeira, fedelho? - disse ele com furor. -Acha que tudo pode ser resolvido com você correndo para o colo da mamãe? Commisceun!
Yan sentia seu corpo sendo prensado, sufocando-o. A respiração já estava rarefeita. Tom percebeu o movimento do outro lado da sala e começou a se deslocar.
-Eu posso matar você, Yan, acabar com sua vida agora mesmo. E por quê? Porque você é covarde demais para lutar a sério!
Quando ele apontou a varinha para a direção do coração de Yan, Tom interveio. Mas Gary foi mais rápido. Se virou para ele. Seus olhos estavam estranhos. Amarelos brilhantes. Mortais. Tom sentiu uma dor tremenda. Seus músculos pulsavam todos ao mesmo tempo. Sua mente vagou, com milhões de imagens passando de uma vez, gerando cada vez mais dor.
-EXPELLIARMUS! - disse uma voz feminina.
O jorro de luz amarela da varinha de Eve acertou Gary em cheio, fazendo-o desmontar metros à frente. Tom, lentamente começou a se reerguer. E quando recobrou a consciência, correu para Yan, que estava desacordado.
-Saiam da frente! - disse ele, carregando Yan nos braços. Os demais alunos pegaram seus materiais e rapidamente saíram da sala também. Apenas Gary permanecera lá, caído, espumando de raiva.
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