Aula DCAT - Blaire Devereaux

Mesmo tendo acordado um pouco atrasada, consegui chegar antes de a aula começar. Dos alunos que estavam lá, a maioria conversava e a união de todas as vozes falando quase que simultaneamente era um barulho irritante. Eu me sentei, acenei para alguns alunos que falaram comigo, mas não me aproximei para conversa. Estava próximo no Professor chegar e a sala estava tão barulhenta, que dos corredores poderia escutar.
Então, eu observei no canto da minha visão uma silhueta se aproximar, era o Professor.
Ele caminhou vagarosamente, mas seus passos eram como de um felino pronto para pegar sua presa. Parecia um pouco irritado, mas era de se esperar. A sala continuava uma bagunça e poucos alunos notaram a presença do Professor.

Eu olhava em volta e o que antes era um barulho ensurdecedor, agora era silencio absoluto. O Professor lançou um feitiço para atrair a atenção dos alunos e depois que retirou o som, todos voltaram aos seus lugares e permaneceram atentos e em silencio.

A aula seria sobre Expelliarmus! O Professor explicava como executá-lo com êxito.
- Se o feitiço funcionar, a histamina liberada pelo seu braço jorrará como um feixe de luz branca em direção ao corpo do oponente. Então, ao colidir, o feitiço ricocheteará para o braço da varinha e forçará a varinha a sair da mão e vir para a sua direção. Então agarre-a e o seu oponente ficará sem poder te atacar. – Eu apenas escutava com atenção, não fiz nenhuma anotação. Observei todos os lances para acertar nas minhas tentativas.

Um garoto corvino se aproximou de mim e solicitou que eu fosse sua parceira nas tentativas. Eu aceitei e me posicionei ficando frente a frente com ele.

- Pronta? – Ele perguntou com um olhar meio intimidador.
- Com certeza – Respondi com um tom meio ácido. Eu estava motivando-o, isso era visível nos seus olhos grandes e azuis.

Eu o encarava por meio segundo e então, girei a varinha. Ouvi alguém lançar o feitiço no outro lado da sala, era ele. Meu parceiro havia me desarmado. Minha varinha saltara direto para suas mãos, ele segurou firme e depois me devolveu.
Eu estava atenta a ele, mas não o via. Era como se estive vislumbrada, mas sem visão. Permaneci assim por mais dois segundos, até que ele falou.
- Hey! Acho que sou mais rápido que você. Tente não pensar muito da próxima, se houver alguma. – Seu tom era ríspido, chegava a ser ameaçador.
- Expelliarmus! – Ele lançou outra vez em mim. Eu estava atordoava e até meio assustada. Esse garoto era louco? Era o que passava em meus pensamentos a cada meio segundo.
- Acho que chegamos impasse. – Ele dizia satisfeito.

Eu sentia que ele me encorajava a ser mais rude. Eu sabia que suas ameaças eram apenas para me incentivar a ser mais rápida. Ele conseguira.
Meus pensamentos que antes eram descontrolados, agora não passavam de ruídos quase inaudíveis.
Eu girei minha varinha tão rápido quanto ele, sentia-me enérgica e antes dele me lança novamente o feitiço, eu falei:
- Expelliarmus! – ouvia minha voz sair segura, como se estivesse duelando de verdade.
A varinha dele voou em minha direção, vindo acima da minha cabeça. Eu pulei e a peguei, sorrindo com minha vitoria.

Eu devolvi a sua varinha e antes de pegar um ultimo suspiro, ele se lançou em minha frente e, no minuto seguinte, minha varinha não estava mais em minhas mãos.
Talvez ele tenha sido gentil com suas falsas ameaças, talvez estivesse apenas querendo me ajudar.
-Expelliarmus! - Ele foi incrivelmente rápido e tão seguro que pude senti a energia fazer minha varinha sair entre meus dedos.
Ele estava orgulho.
Mas eu ainda não estava satisfeita. Depois de ter a varinha em minhas mãos eu andei em direção a ele e pronunciei com acidez:
- Expelliarmus! – O feitiço havia o lançado até o outro lado da sala e a varinha se lançado em minha direção. Eu a segurei com firmeza e fui ajudá-lo a se levantar.
- Você está bem? – Eu disse enquanto ajudava o garoto a se levantar.
- Tudo bem. Estou bem. – Ele se levantava com um pouco de dificuldade, mas parecia bem. - Vamos continuar.- Ele levantou e se postou a minha frente. Me afastei me preparando.

Girei a Varinha numa meia volta, conforme explicara o Professor. - Expelliarmus! - Minha voz soou leve mas ameaçadora. Simultaneamente, uma luz saiu da minha varinha em direção ao meu oponente. Eu via que tinha dado certo, pois ele parecia sem controle algum de si e de sua varinha.
Eu tive um leve momento de preocupação. Merlin, será que fiz certo? E então ele se endireitou, tomou folego e sorriu forçadamente. É, acho que estava a altura dele agora.
- Bem, acho que conseguimos. – Ele falava entre os dentes. Mas parecia que tudo estava certo, ambos pareciam orgulhosos.
Ele estava quase sem fôlego quando retribuiu o sorriso.
Seguimos até nossos lugares para terminar o exercício.

Atividade

Quais as formas de execução do feitiço Expelliarmus?
Existe duas formar de execução. A primeira é usada para desarmar o adversário e, esta retira a varinha de suas mãos deixando – o incapacitado de atacar. E a segunda é para desmontar. Ao ser atingindo, o adversário é derrubado.

Qual a função do feitiço Expelliarmus?
A função do feitiço é incapacitar, inabilitar o oponente impedindo que ele ataque.


Depois de terminar as atividades, levei o pergaminho até a mesa do Professor e sai da sala.

É preciso treinar as duas formas do feitiço: desarmar e desmontar.