Monte Elbrus/Эльбрус

por **Sistema** Qui Nov 10, 2011 6:02 pm

Monte Elbrus

O Monte Elbrus (russo Эльбрус) é uma montanha localizada na parte ocidental da cordilheira do Cáucaso, na Rússia, perto da fronteira com a Geórgia. O Cáucaso, junto com os Urais, por convenção histórica unicamente, é considerado a fronteira entre a Europa e a Ásia. O artificialismo da fronteira em um contexto geográfico é exemplificado pelo fato de a parte setentrional do Cáucaso frequentemente ser considerada como localizada na Europa, e a parte meridional na Ásia. O monte Elbrus, com 5.642 metros acima do nível do mar, é assim considerado a montanha mais alta da Europa.

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O Elbrus fica a 20 km ao norte da cordilheira principal do Grande Cáucaso e a 65 km sul-sudoeste da cidade russa de Kislovodsk. Seu pico com neves eternas alimenta 22 geleiras que, pou sua vez, dão origem aos rios Baksan, Kuban e Malka.

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Há um pequeno vilarejo ao cume do Monte, principal parada aos viajantes e aventureiros, que buscam fazer a escalada ao monte. Além de serem muito receptivos e acolhedores, são muito orgulhosos e adoram contar histórias aos novos visitantes, principalmente o dono do bar, que jura pela alma de sua mãe morta que viu um espírito naquela floresta, mas não era um espírito qualquer, diz ele.

"Era uma figura semelhante a um homem, de pelo menos quatro metros e meio de altura, muito robusta, com uma cabeça alta e quase sem pescoço. Se estava coberta por alguma coisa semelhante a casca de árvore verde e cinzenta, ou se aquilo era seu couro, era difícil dizer. De qualquer forma, os braços, numa pequena distância do tronco, não eram enrugados, mas cobertos de uma pele lisa e castanha. Cada um dos pés tinha sete dedos. A parte inferior do rosto comprido estava coberta por uma vasta barba cinza, cerrada, quase dura como galhos na raiz, fina feito musgo nas pontas. Mas naquela hora os hobbits notaram pouca coisa além dos olhos. Uns olhos profundos, lentos e solenes, mas muito penetrantes. Eram castanhos, carregados de uma luz esverdeada."

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por **Alphonse Louis** Dom Nov 20, 2011 11:04 am

Vilarejo
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Embora a nevasca tenha caído durante a noite toda, o dia amanheceu tranquilo e propício para seguir com minha viagem. Tratei de fazer as malas e antes que partisse aproveitei para tomar um café da manhã reforçado, pois não conseguiria almoçar naquele dia.
Fui em direção a recepção e paguei por minha estadia, 5000 RUB que aproximadamente, dá uns 120 Euros, não foi muito caro e mesmo que fosse, serviu de abrigo para a nevasca, então valeu a pena.

Agradeci pela estadia e me preparei para a longa caminhada até o vilarejo. A brisa gelada batendo contra meu rosto fazia me estremecer por inteiro, mas não podia fraquejar, tinha muito chão pela frente ainda.

A paisagem era um caso a parte, mesmo com temperatura baixíssimas, a vegetação dali continuava forte e alguns cervos buscavam algum vestígio de alimento nas grossas camadas de neve que forravam o solo. Tentei não produzir muito barulho, para não espantá-los, de fato, era uma cena única.

Sentia alguns puxões em minha bolsa, sinal que os Doxies estavam aos poucos despertando de seu sono induzido, não era de se esperar, pois não havia muito do tranquilizante em nosso estoque do Departamento, fui forçado a acelerar o passo, pois não sabia quanto tempo mais eles estariam sob o efeito do tranquilizante.
O pior não era correr o risco deles acordarem e destruírem tudo que vissem pela frente em minha bolsa, mas sim quando finalmente estivessem livres, sem dúvida nenhuma iriam querer se vingar, ai sim estaria perdido.

Por sorte, já conseguia avistar ao longe o vilarejo, apertei o passo. Ao chegar no vilarejo, encontrei algumas pessoas indo em direção ao que tudo indicava ser um tipo de bar, pois havia muita música e o cheiro forte de rum emanava daquela direção.
Entrei sem mais delongas e todos os olhares se voltaram ao forasteiro encapuzado, tratei de tirar o capuz e abrir um meio sorriso, tentando amenizar minha chegada repentina.
Acenei para algumas pessoas que fitavam-me conforme seguia em direção ao barman, um senhor com uma barba longa e minuciosamente cuidada, que daria inveja a qualquer um que goste desse estilo.

- Seja bem vindo meu jovem! Vejo que não é daqui, em que posso ajudar?

- Muito obrigado, então, gostaria de saber se pode me indicar um bom lugar para descansar e tomar um banho quente, estou exausto e morrendo de frio.

- Todos perceberam isso. soltou um pequeno riso. Pois bem, está vendo aquela moça ela é a dona da estalagem mais procurada por viajantes como você, Mary Anne, poderia levar esse jovem até sua estalagem?

- Claro Joe. Mas que sorte a sua heim, estávamos lotados até agora a pouco, mas um dos alpinistas desistiu e voltou para sua casa, deixando o quarto novamente disponível.

- Nossa, mas que sorte a minha não é mesmo?

E seguimos até a estalagem, bem maior do que a anterior, dando contraste com o vilarejo em si, que não possuí muitas casas. Tudo indicava que o Bar e a estalagem eram os principais modos de trabalho da região. Esfreguei bastante os pés antes de entrar, para não sujar de neve. Após me registrar no balcão e pegar minhas chaves, segui Mary até meu quarto, a medida que se aproximava do corredor a temperatura subia também, devido aos vários aquecedores. Agradeci e adentrei pelo quarto.

Era maior do que o esperado, o que seria ótimo pois poderia liberar os Doxies, que há pouco haviam despertado completamente. Tomei todas as providências antes de soltá-los, fechando as cortinas e a porta, pronto para criar barreiras mágicas, onde ninguém poderia vê-los ou ouvi-los.
Havia esquecido da quantidade que estava levando, era bem uns 30 Doxies, todos agitadíssimos, seria um inferno detê-los novamente e colocá-los dentro da bolsa antes de partir, mas era algo que teria que ser feito. Deixando isso de lado, me aqueci um pouco tomando uma xícara de chocolate quente e indo dormir, estava bastante cansado.

por **Alphonse Louis** Qua Nov 23, 2011 2:53 pm

Embora jamais tivera alguma dificuldade para dormir, estava enfrentando uma verdadeira batalha contra o frio naquele quarto. Mesmo estando com meu pijama completa, três cobertas e todo encolhido, não conseguia manter meu corpo aquecido, pois algumas "pestinhas" fizeram o favor de quebrar o aquecedor do quarto e não havia como reclamar na recepção por isso, pois não poderiam saber da existência de magia naquele local.

Contando as horas para o amanhecer chegar, me levantei em um único pulo ao ouvir algumas batidas na porta, era Mary. Aparentemente, gostaria de saber como foi minha noite e tentando manter os dentes quietos, pois estava tremendo mais que uma britadeira, respondi educadamente.

- Bom dia Mary. Sim, dormi como um bebê.
*bebê pinguim só se for* pensei.

- Ah, que bom. Gostaria de tomar um belo café da manhã?

Enquanto conversava com Mary, corri para o banheiro lavar o rosto e tentar arrumar o cabelo, que parecia estar contra minha naquela manhã, todo armado e bagunçado. Não havia jeito, peguei um casaco e um gorro e pus sob a cabeça, abrindo a porta e dando de cara com aquele lindo sorriso, me corei levemente.

- *cof cof* Vamos!

O sol estava radiante no céu, mas nem por isso a temperatura havia mudado, continuava com um frio impiedoso e entre bocejos e rápidas trocas de olhares seguimos até o bar da noite passada, pelo que parecia, aquele lugar era o centro de encontra do vilarejo, sendo um bar, café e armazém. Assenti com a cabeça educadamente há todos que estavam ali no recinto e sentei-me em uma mesa mais ao centro, a medida que os olhares voltavam-se à mim, me encolhia na cadeira tamanho desconforto. Mas tudo se acalmou com um sútil tossido de Joe, o dono do local.

- Vejo que teve uma noite difícil meu jovem, mas logo se acostuma. O que vão pedir?

- Bem...

- Nós vamos querer uma xícara de café e algumas panquecas com mel. Pode colocar na minha conta Joe. Disse Mary dando uma piscadela para ele. Mas me diga, o que um cara como você faz aqui, não me diga que fará a escalada no Monte Elbrus.

- Não entendi, por que diz isso?

- Bem, não me entenda mal, mas...geralmente os alpinistas que chegam até aqui, como posso dizer...eles possuem "garra", entende? E todos dali soltaram algumas risadas abafadas. Não estou dizendo que não é forte, mas você não me parece com um alpinista, nem trouxe seus equipamento. Então, o que o trás aqui?

Todos pareciam estar curiosos com minha resposta, será que esse era o motivo de todos aqueles olhares? Será que foi um erro vir assim, tão desprevenido? Não, eu tinha uma missão e não poderia abandoná-la, muito menos expor ela, tinha que ser rápido, pensar em algo realmente bom, que acabassem com as dúvidas de todos, mas o quê? São nessas horas que percebemos como a mente humana é incrível e sem exitar comecei a explicar.

- É verdade que não sou alpinista, nem vim por causa do Monte Elbrus em si, meu destino é a Clareira de Elbrus. Há 3 anos atrás, tive uma discussão com meu pai e ele fugiu de casa, embarcando em um avião que teria como destino a Ásia, mas só teria, pois seu avião caiu pelas redondezas, devido à uma nevasca e...essa dor que carrego está me matando dia após dia. Queria ver com meus próprios olhos, pedir perdão e dizer que ele é e sempre foi meu herói.

Como um ator, abaixei a cabeça e esperei que acreditassem naquela encenação. Muito mais do que acreditar, alguns sentiram-se tocados e se dispuseram para me guiar até o local, me protegendo da "temida criatura" que ali residia, uma espécie de guardião das florestas. Pelo que contavam, era apenas uma lenda, até porque, "magia não existe".

E com um sorriso interno, segui até a estalagem para apanhar os Doxies e partir em minha jornada com alguns aldeões, o que estava sendo um pouco difícil para mim, pois repudiava mentiras, mas essa era uma daquelas exceções que sempre ouvimos.

por **Alphonse Louis** Sáb Nov 26, 2011 2:01 pm

Subindo a escadaria que dá acesso ao quarto onde estava hospedado, pude notar que tudo estava quieto demais, mesmo com a barreira do som a cerda dos Doxies. Entrei e comecei a vasculhar todo o período do quarto, buscando ver se tudo estava no seu devido lugar. Como tudo estava certo, comecei a arrumar a mala para seguir com a viagem e capturar novamente os Doxies, o que não seria uma tarefa muito fácil.

Tratei de trancar a porta e fechar todas as cortinas, saquei a varinha desfazendo as barreiras. Não demorou muito para perceberem que estava soltos e começarem a fazer movimentos agressivos e com uma revoada sobrevoaram todo o quarto vindo em minha direção, mas antes que pudessem chegar em mim, imobilizei-os com o feitiço Immobilus e levando-os até as gaiolas onde foram transportados.

Segui até o ponto de encontro no meio da cidade, onde alguns aldeões estavam à minha espera, prontos para apoiarem em minha longa caminhada. Mas antes de partirmos, revemos os mapas para termos uma noção básica do caminho a ser percorrido.

Mapas:

Teríamos que subir até certo ponto e a partir daí, contornar toda a extremidade do Monte, pois a Clareira ficava do outro lado. Começamos então com nossa escalada.

por **Alphonse Louis** Dom Nov 27, 2011 4:14 pm

Tempo: Brisa gelada.
Humor: Ansioso.
Equipamentos

Devidamente equipados, formamos um grupo de 5 pessoas, dentre elas, um alpinista profissional que havia instalado suas raízes naquela vila ao conhecer uma moça, por quem se apaixonou profundamente, largando tudo para ficar com ela. Lélo, assim como era chamado por todos, estaria à frente do grupo, verificando o melhor trajeto para escalarmos a montanha.

Embora não possuir condicionamento físico, estava confiante e mantendo o foco na escalada que não seria nada fácil. Nos despedimos dos demais e pegamos o rumo até o Monte Elbrus, mais ou menos umas seis horas de caminhada. Argus, o açogueiro, era um homem robusto e de feições sérias, embora tivesse esse jeitão assustador, era um bom homem. Se dispôs a carregar todos os equipamentos e ficou indignado ao ver que me recusei de entregar minha bolsa.

- Não precisa se preocupar comigo Argus, está leve.

- Meu rapaz, está não é a hora de bancar o durão, a caminhada é longa e se continuar assim, não aguentará por muito tempo na montanha.

- Não é isso...

- Então é assim? Saímos de nossas casas para ajudar um moleque que nem conhecemos é mesmo assim não confia em nós? É isso mesmo? disse aumentando o tom de voz, fazendo todos pararem e ver o que estava acontecendo. Por que é o que está parecendo. VAMOS! DIGA!

- Claro que n...

- Argus, PARE!!!Lélo estava com uma expressão péssima, não sabia diferenciar se era raiva ou medo, mas logo descobriria, pois suas próximas palavras seriam deveras esclarecedoras. AVALANCHE!

Com toda aquela gritaria, as camadas de gelo que estava sob nossas cabeças começaram a despencar, trazendo consigo tudo que encontravam pelo caminho, como árvores e algumas rochas. O desespero tomou conta de todos, não havia como escapar sem o uso de magia, mas não podia usar como aquelas pessoas ali. Conforme a distância diminuía, meus batimentos aumentavam e a respiração tornava-se difícil, continuava imóvel sem saber o que fazer, o fim era eminente.

- Ele não vai usar magia, agora vamos sair daqui!

Meu estomago começou a revirar com uma sensação familiar, mas porquê? E num segundo estávamos a salvo, em meio a um campo verde. Todos estavam me encarando, será que fui eu? Aquilo só podia ser magia, mas não movi sequer um dedo, como aquilo foi acontecer?

- Se acalme, um bruxo não pode fraquejar em uma situação como aquela.

- Bruxo? Mas eu não fiz nada...

- Isso mesmo, e foi isso que te salvou. Estávamos avaliando se você não comprometeria a missão usando magia em meio à "trouxas".

- Mas...espera, não estou entendendo nada. Levei a mão à cabeça e me joguei no gramado, eram muitas informações para processar.

- Meu verdadeiro nome é Lelouch Lamperouge, chefe da unidade Alpha dos Aurores. O Ministério da Magia designou à nós para que acompanhássemos os novos funcionários em suas primeiras missões, para avaliarmos se estão aptos ao trabalho e como se comportam em missões solo. Nos desculpe por não contarmos antes, só estávamos fazendo nosso trabalho.

- Isso mesmo, e posso dizer que você se saiu muito bem em não usar magia para se proteger, no entanto, se não fossemos nós que estivéssemos ali, nesse exato momento você não estaria entre nós. Irônico não?

- Você têm muito a aprender ainda meu jovem, mas esse é só o começo. Lélo, ou melhor, Lelouch, se aproximou e estendeu a mão para que me levantá-se. Mas aqui estamos, a Clareira de Elbrus. A partir daqui você seguirá sozinho, mas lembre-se bem, nunca estaremos realmente sós. Boa sorte Alphonse Louis.

Dizendo isso, todos aparataram. Ainda com os pensamentos à mil, respiro fundo e observo a entrada da Clareira.

por **Alphonse Louis** Sex Dez 02, 2011 3:27 pm

A entrada que dava acesso à clareira contrastava completamente com a paisagem a sua volta. Se o branco da neve predominava pelo caminho até então percorrido, o verde das árvores e amarelo das flores pintava aquela imensidão gélida. Não demorou muito para que a temperatura subisse, remetendo aquela atmosfera glacial a uma brisa levemente agradável, propiciando minha caminhada mata à dentro.

Talvez fosse o súbito calor, talvez o cansaço, não importa os motivos, mas uma estranha sensação de estar sendo observado instalou-se em mim, fazendo com que empunhasse a varinha, e ficasse alerta a qualquer ruído; algum provável ataque. Não fazia ideia de como a temperatura variava de lugar para lugar, comecei então a procurar um abrigo do Sol escaldante, mais ao longe podia ouvir um som familiar e correndo confirmei minhas suspeitas, um riacho intacto. Suas águas eram cristalinas e conseguia ver perfeitamente meu reflexo, escorei-me aos pés de uma árvore para descansar um pouco, antes de beber e repor minhas energias.

Descansei a bolsa no colo e pude sentir leves tremores vindo de dentro da mesma, o que significava que os Doxies estavam novamente despertando, não era de menos, pois o estoque de tranquilizante havia acabado e a única solução foi usar um feitiço de congelamento, mas tudo indicava que o efeito estava passando, deveria finalizar logo a missão. Me levantei e fui em direção ao riacho, ajoelhando-me na grama para saciar minha sede, mal sabia o perigo que estava correndo.

Ao voltar aos pés da árvore, aperto os olhos para manter um foco, será que estava tendo alucinações? Mas de repente, o formato das árvores mudaram, criando feições humanas, até a posição em que se encontrava era parecida com a minha, sentada sob uma "perna". Esfreguei os olhos e nada, ela continuava ali, intacta. Resolvi investigar de perto.

por **Alphonse Louis** Sáb Dez 03, 2011 9:48 am

Intrigado ao ver que aquela árvore possuía traços humanos, remetendo às lendas contadas pelos aldeões na última noite, no bar. Pelo que contavam, era o espírito que vagava pela clareira, protegendo-a de intrusos e mantendo à ordem dentro dela. Se a lenda fosse verdade, não queria nem pensar no que "aquilo" poderia fazer comigo, já que segundo suas percepções, eu seria considerado um intruso.

Meus batimentos aumentavam a cada novo passo dado, não era de menos, pois a grandiosidade daquela árvore era sem igual. Deixei a varinha acessível para qualquer surpresa, mas não tinha certeza se aquilo era imaginação ou real. Tinha conhecimento dos Tronquilhos, criaturas pequenas que parecem feitas de troncos e gravetos, com dois olhos castanhos, mas aquilo era um exagero.

Há poucos centímetros da árvore, estico minha mão e tento manter contato, não era algo apropriado, mas o que fazer diante dessa situação? Perguntar se a árvore está viva? Acho que não né? Continuei com minha tática nada bem organizada.

- Buuuh!

Cai de costas no chão, infelizmente minhas suspeitas estavam corretas: a árvore era mesmo uma criatura...viva? Mais viva que o normal pelo menos, e agora, estava "de pé" me encarando e se aproximando cada vez mais.

- Não se aproxime! Eu...eu...não vim...eu...não quero fazer nenhum mal, por favor.

Não sabia o que dizer, estava confuso e tremendo de medo. Sacar a varinha seria um sinal de hostilidade, e a última coisa que queria era provocar um ataque. A árvore se aproximava cada vez mais, fazendo-me rastejar pelo chão, até uma distância significativa, onde pude me levantar e constatar sua grandiosidade.

- Me desculpe por entrar em sua clareira sem permissão. Algumas criaturas estavam correndo perigo e as trouxe para cá, para vivessem livres e seguras, mil perdões. Pode fazer o que quiser comigo, mas deixe que ao menos liberte-as aqui, minha missão será cumprida e elas estarão protegidas.

A árvore parecia compreender todas minhas palavras, mas não parecia exitar, pois seguia com passos firmes em minha direção. Fechei os olhos ao vê-la levantando um de seus galhos/braços, novamente em perigo, mas como era uma criatura magica, não poderia feri-la, isso iria contra meu código de honra, ou algo do tipo. Pude sentir o vento sendo cortado pelo rápido movimento de seus galhos, mas não estava tremendo mais, teria que enfrentar as consequências como um homem, se invadi seu território, deveria sofrer seu julgamento.

- Julgamento? Que julgamento? Toda criatura que opta pelo bem de outra antes mesmo do seu próprio bem não precisa de julgamento, e sim de respeito, do meu respeito. É um prazer te conhecer humano, pode me chamar de Bregalad, o Ent guardião da Clareira de Elbrus. Disse estendendo a "mão".

- Bregalad, o prazer é todo meu.

Respondo engolindo em seco e suando frio, não acreditará no que havia acabado de acontecer.

- Mostre-me o que trouxe-o até aqui.

Imediatamente, pego minha bolsa e abro-a, libertando os Doxies, que estavam em posição fetal. Despertaram ao ver a luz do dia e como de costume, começaram a agitar dentro das gaiolas.

- Como pode ver, são alguns Doxies. Eles estavam correndo perigo perto de uma vila do pacífico norte, após pesquisar muito, descobri sua clareira, o lugar mais apropriado para eles.

- Hmm. Entendo. Mas preciso de algo em troca também.

- Já esperava por isso, cuidar deles não será uma tarefa fácil. Diga-me, o que quer que eu faça?

- Ultimamente, muitos humanos estão se aventurando a escalada do monte Elbrus, o que consequentemente, os leva até minha clareira. Houve um ocorrido uma vez, que por descuido deixei que um me visse, desde então não posso concluir minhas rondas, o que vem causando problemas na parte oeste da clareira. Gostaria que desse um jeito nisso, pois algumas criaturas veem falecendo pelas incessantes disputas por comida ou região.

Era uma tarefa difícil, pois envolvia não só a clareira, mas também o vilarejo e os alpinistas, teria que pensar bastante.

- Bem, o que posso fazer é criar uma barreira em todas as extremidades da clareira, assim, ninguém de fora poderá vê-la. Não será uma tarefa fácil, requer muita concentração e habilidade, mas vou dar o melhor de mim, espero que dê o melhor de ti também Bregalad.

Dizendo isso, retiro da bolsa um livro de encantamentos antigos, começo a procurar os tipos apropriados para essa situação. Finalmente encontrei o que procurava, o feitiço "Cave Inimicum", que cria uma barreira protetora em volta de algum lugar, que não permite que quem esteja fora dessa barreira veja o que acontece por dentro da mesma. Foram 4 os pontos onde conjurei o feitiço, ao norte, sul, leste e oeste.

Exausto, descanso um pouco antes de prosseguir com minha missão, entregando a carta de Dasha para Bregalad, que garantia autorização para cuidar dos Doxies, causo algum bruxo consiga atravessar a barreira, o que seria muito difícil, mesmo assim, precaver é muito melhor.

Carta:

Como restava um pouco de Pó de Flu, voltei ao vilarejo, onde Lelouch, então conhecido como Lélo, havia "explicado" tudo e acertado minha partida. Me despeço de todos e utilizo da lareira como transporte até minha querida Londres.

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