Aula de DCAT - Louis

*O assunto que não parava de ser falado por todo o castelo, era o de um Lobisomem terrível que estava à solta no castelo. Foi nos alertado que todos os alunos devem se proteger e em hipótese alguma devem sair do castelo após o toque de recolher. Sabendo de tal fato, mudei minha grade de aulas e corri para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, pois aprenderia como me defender e se fosse preciso, desferir um ataque.

O caminha até a sala de aula era longo, e apertei o passo olhando para todos os lados, morrendo de medo. Já na metade, encontrei um monitor que me guiou com segurança até a porta da sala, me despedindo e desejando que tomasse cuidado entrei na sala. No entanto, ao abrir a porta, a sala estava em total silêncio, o que me assustou, pois pensará que todos estariam comentando sobre o tal Lobisomem ou algo do tipo, mas não aquela tarde.

Me sentei ao lado de um corvino que me encarou como se quisesse dizer algo, mas não conseguia, me virei para frente onde o Sr. Harris estava. Ele estava contente pela sala estar quieta e poder dar sua aula sem nenhuma interrupção, resolvi então, fazer como os outros e ficar em silêncio prestando atenção.
O feitiço ao qual se referia, era o Expelliarmus, que é muito usado por todos os bruxos, então era de suma importância que aprendêssemos.

”A data da criação deste feitiço é incerta, mas o que importa para nós é a sua finalidade. A função do feitiço Expelliarmus é para desarmar o oponente, retirando sua varinha e/ou desmontando-o.
Para apenas desarmar, girem a varinha em meia volta, conforme a figura e então digam “Expelliarmus!”

Me virei para o corvino que agora, mexendo a boca, mas nenhum som saia, dei uns tapas no meu ouvido e nada. O professor se aproximou de mim e ao perceber que podia respondê-lo me explicou o que havia feito, que um pouco antes de eu chegar na sala ele lançou um feitiço para acabar com toda aquela baderna. Me virei me sentindo um pouco mal, e percebi que o corvino estava escrevendo algo em um pedaço de papel que depois me entregou. O professor desfez o feitiço e disse para começarmos a praticar.

Pude ouvir o suspiro de todos, que estavam até então agoniados com o que havia acontecido, mas logo depois, já estavam conversando normalmente e dividindo-se em duplas. O corvino sinalizou para que eu guardasse o papel, e lesse apenas ao término da aula. Fiquei um pouco confuso e curioso, mas logo nos fora indicado para tomarmos distância e começar a conjurar o feitiço.

Estávamos a mais ou menos um metro de distância um do outro, e sacamos nossas varinhas, mas por um breve momento, olhei para os lados a procura de Jullie, queria saber se estava tudo bem com ela, e por esse momento de descuido, tive minha varinha tirada de minhas mãos pelo feitiço do meu parceiro, que sorria satisfeito.

- Fica prestando atenção na namoradinha e pede sua varinha! Disse inclinando para frente, entre gargalhadas.

O encarei por um tempo, sem dizer nada e estiquei minha mão, fazendo sinal de que queria minha varinha de volta, esta sendo arremessada em minha direção. Bufei e virei a cara, sempre faço isso quando alguém me dá uma lição. Apontando novamente um para o outro, comecei a conjurar o feitiço dizendo:

- Expe… mas ele foi mais rápido e me desarmou novamente. - Caramba cara, deixa eu ao menos tentar uma vez.

- Vai ter que ser mais rápido que isso se quiser me desarmar. E essa era uma das características dos corvinos que não gosto, o sentimento de superioridade.

Pegando minha varinha mais uma vez, apertei-a com força e apontei dizendo entre-dentes:

- Expelliarmus! E sua varinha voou em minha direção, pegando com a mão esquerda e rodando-a entre os dedos. - HÁ! disse, me sentindo muito bem. Entreguei sua varinha e conjuramos o feitiço, quase ao mesmo tempo.

- Expelliarmus! - Expelliarmus! mas o meu tinha sido conjurado primeiro e vez com que sua varinha voltasse para mim. - Essa não valeu, foi na mesma hora.

- O que posso dizer, “Vai ter que ser mais rápido que isso se quiser me desarmar.” Remedando o que havia dito anteriormente.
Entreguei sua varinha e esperei ele se posicionar, então disse.

- Expelliarmus! Mas dessa vez, a varinha não foi em minha direção, na verdade nem sai de sua mão, talvez estivesse confiante demais, abrindo uma brecha para ele.
- Expelliarmus! pegando minha varinha e levantando uma sobrancelha, jogou minha varinha novamente.

- Expelliarmus! e dessa vez, veio certinho como das demais vezes. Entreguei e disse mais uma vez, aquilo estava se tornando massante.
- Expelliarmus! dei um suspiro de alívio e quando joguei a varinha para meu parceiro, um segundo depois estava caído no chão, só lembro de ter ouvido "EXPELLIARMUS!" Me levantei um pouco zonzo e lembrei da segunda parte do treinamento, sobre desmontar o adversário.
Saquei a varinha e pronunciei com força:

- EXPELLIARMUS! Mas nada aconteceu com meu parceiro, e percebendo que queria desmontá-lo apontou a varinha para mim, se preparando pra conjurar o feitiço mais uma vez, porém tentei novamente.
- EXPELLIARMUS! E nada, só que dessa vez, fora arremessado contra a parede. Levantei todo torto, com dores e apertei as mãos com força.
- EXPELLIARMUS! E nada, olhei então para o quadro e vi que estava fazendo o movimento errado, ao invés de ser no sentido horário, estava fazendo no sentido anti-horário.

Dessa vez estava confiante que funcionaria, então apontei minha varinha em sua direção e disse:
- EXPELLIARMUS! mas não surtiu efeito pois havia sido atingido novamente. Suspirei e tentei manter a calma, aquilo estava me tirando do sério, e pra piorar, estava ficando preocupado com o assunto do Lobisomem.
Apontei a varinha sem muita confiança e sem saber o que estava fazendo.

- EXPELLIARMUS! Mas não aconteceu nada, pois nem estava me concentrando nisso. Dessa vez, não fui arremessado na parede, mas tive minha varinha tomada de mim.

- Ei Louis, dá pra prestar atenção no que está fazendo. Isso aqui já está virando sem graça, só eu te acerto.
E depois de me acalmar e me concentrar na atividade, peguei minha varinha e respirei fundo, confirmei com a cabeça que estava pronto e sacamos nossas varinhas.

- EXPELLIARMUS! - EXPELLIARMUS! E os dois foram mandados para longe, e aos poucos levantamos e começamos a rir, foi muita sorte. Usei mais uma vez o feitiço, e dessa vez somente ele foi desmontado.

Batendo as mãos nas vestes para tirar a poeira que havia tomado conta, me direcionei para minha carteira, onde peguei um rolo de pergaminho e comecei a responder as outras atividades.


Quais as formas de execução do feitiço Expelliarmus?

As formas de execução do feitiço Expelliarmus são duas:
Desarmar, que consiste em acertarmos a varinha do adversário, impossibilitando que ele nos ataque;
Desmontar, quando miramos o adversário, fazendo com que ele seja seja derrubado.

Qual é a função do feitiço Expelliarmus?

A função do feitiço Expelliarmuss é a de incapacitar o oponente no duelo, seja ela na forma de desarmar o adversário ou na forma de afetar o seu corpo para impossibilitá-lo de duelar.

Após o término das atividades, puxei o bilhete do bolso e nele continha a seguinte mensagem:


Não pensei duas vezes e sai em direção a Jullie, puxando-a pelo braço e levando-a para um lugar seguro.

-Bem feito como sempre. Bom trabalho, Sr. Louis. Cinco pontos para a Lufa-Lufa.